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EUA garantem que a Coreia do Norte já consegue construir mísseis nucleares

O Washington Post adianta que os serviços de informações norte-americanos concluíram que Pyongyang conseguiu produzir com sucesso ogivas nucleares miniaturizadas a fim de as inserir em mísseis intercontinentais.

Reuters
08 de Agosto de 2017 às 20:27
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Há muito que a Coreia do Norte prossegue um programa de desenvolvimento nuclear. Agora parece ter dado um passo decisivo no sentido de conseguir construir mísseis capazes de transportar ogivas nucleares.

 

O Washington Post noticia esta terça-feira, 8 de Agosto, citando um relatório elaborado pelos serviços de informações norte-americanos, que a Coreia do Norte já detém a tecnologia para montar ogivas nucleares miniaturizadas, o que permite ao exército norte-coreano inserir as mesmas nos mísseis intercontinentais que têm sido testados de forma cada vez mais regular.

 

A ser fidedigna a informação avançada pelo jornal norte-americano, a capacidade nuclear alcançada pelo regime liderado por Kim Jong-un está num patamar bem mais avançado do que aquilo que se acreditava ser nesta altura possível. Isto porque vários especialistas estimavam num prazo de cinco anos o tempo necessário para que o regime comunista obtivesse tal capacidade.

 

O Washington Post cita ainda um conjunto de instituições que estimam que Pyongyang possui entre 30 e 60 ogivas nucleares, o que compara com as 80 detidas por Israel ou as 130 pela Índia.

 

Numa das únicas transcrições do citado relatório, os serviços americanos escrevem que "a Coreia do Norte produziu armas nucleares para transporte por mísseis balísticos, incluindo transporte por mísseis ICBM (sigla relativa a intercontinentais). Também esta terça-feira, o Japão já tinha avançado com a possibilidade de Pyongyang já ter conseguido miniaturizar ogivas nucleares para as inserir em mísseis de longo alcance, embora não desse a informação como um dado adquirido.

 

Este dado surge num momento de crescente tensão entre a Coreia do Norte e a comunidade internacional. Ainda esta manhã, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, regozijava-se pelo facto de, pela primeira vez em muitos anos, a comunidade internacional se ter unido para responder aos sucessivos testes nucleares levados a cabo pelo regime norte-coreano.


Desde o início do mandato, Trump tem sido consistente em apontar a Coreia do Norte como o foco de maior ameaça à estabilidade regional e à segurança internacional, pelo que tem instado insistentemente a China – principal aliado comercial e geopolítico de Pyongyang – a exercer influência para demover o país do desenvolvimento do seu programa nuclear.

 

Donald Trump fazia referência ao facto de o Conselho de Segurança das Nações Unidas ter aprovado por unanimidade a imposição de pesadas sanções financeiras contra Pyongyang, que poderão representar um rombo de cerca de um terço das exportações norte-coreanas.

 

Em resposta a estas sanções, a Coreia do Norte ameaçou retaliar contra o que considera penalizações "fabricadas" que desrespeitam o princípio de soberania do país e o direito às respectivas ambições nucleares.

Entretanto, em reacção à notícia do Washington Post, Trump fez uma advertência à Coreia do Norte, dizendo que quaisquer novas ameaças de Pyongyang serão recebidas com "fúria e fogo".

 

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