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Coreia do Norte recusa oferta de Seul para conversações

Após a confirmação de novas sanções, Pyongyang questiona a "sinceridade" da proposta da Coreia do Sul. O presidente Moon garantiu a Trump que quer impedir nova guerra da península, que poderia causar um milhão de mortes.

Reuters
07 de Agosto de 2017 às 09:41
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A Coreia do Norte rejeitou a proposta de conversações feita pelos vizinhos do sul, segundo noticia esta segunda-feira, 7 de Agosto, a agência Yonhap, que relata um breve encontro ao jantar entre os chefes da diplomacia dos dois países na sequência do reforço das sanções impostas ao regime de Pyongyang.

 

Durante um fórum regional da AESEAN em Manila, a capital das Filipinas, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Sul, Kang Kyung-Wha, apertou a mão ao homólogo norte-coreano, Ri Yong-Ho, e propôs-lhe a realização de conversações militares para baixar a tensão na península dividida, onde uma guerra convencional poderia causar perto de um milhão de mortos.

 

"Dado a situação actual em que o Sul colabora com os Estados Unidos para colocar pressão no Norte, tal proposta carece de sinceridade", retorquiu o representante do regime norte-coreano, de acordo com uma fonte não identificada citada pela agência sediada em Seul. Este foi o primeiro encontro de alto nível entre as duas Coreias desde que Moon Jae-In ascendeu à presidência, em Maio.

 

A resposta dada por Ri que está, aliás, em linha com o teor do comunicado publicado esta manhã pela agência oficial KCNA, frisando que as sanções adoptadas constituem "uma violenta violação da soberania" do país e garantindo novamente que "Pyongyang não recuará um único passo no reforço do [seu] poderio nuclear".

 

A tentativa de aproximação da Coreia do Sul já tinha sido sinalizada por Moon numa conversa telefónica com Donald Trump, em que clamou por uma "resolução pacífica". O Executivo libertou mesmo um comunicado em que notou que Moon transmitiu ao líder norte-americano que "não pode deixar outra guerra rebentar" na região, onde entre 1950 e 1953 foi travada uma batalha que selou a divisão da península.

 

No sábado, 5 de Agosto, o Conselho de Segurança da ONU adoptou por unanimidade uma resolução que responde aos programas balístico e nuclear norte-coreanos, visando proibir a obtenção de receitas das exportações daquele país, nomeadamente nos sectores do carvão, do ferro e das pescas. Caso seja aplicada, deverá privar Pyongyang de mil milhões de dólares (cerca de 847 milhões de euros) de receitas anuais.

 

Ainda antes da Coreia do Norte, numa primeira reacção, ter ameaçado responder aos Estados Unidos com um "mar de fogo", Donald Trump recorreu à rede social Twitter para mostrar a sua satisfação com a dimensão deste pacote de penalizações económicas decidido também com o voto da Rússia e da China.

 

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