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Trump acusa China de inacção na Coreia do Norte e responde com bombardeiros. Pyongyang ameaça "acção enérgica"

"Não permitiremos que isto continue. A China poderia facilmente resolver este problema!", escreveu o presidente dos EUA no Twitter. Forças americanas enviaram bombardeiros estratégicos para a região e o regime de Pyongyang ameaça retaliar se for atacado.

Reuters
30 de Julho de 2017 às 17:28
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O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusou no sábado a China de inacção face à Coreia do Norte, após o lançamento de um novo míssil balístico intercontinental, considerando que Pequim poderia "facilmente resolver o problema".

"Estou muito decepcionado com a China. Os nossos antigos líderes, ingénuos, permitiram-lhes fazer centenas de milhares de milhões de dólares por ano em comércio e, no entanto, não fazem nada por nós em relação à Coreia do Norte", escreveu na rede social Twitter.

"Não permitiremos que isto continue. A China poderia facilmente resolver este problema!", acrescentou.

Trump condenou na sexta-feira o lançamento de um novo míssil balístico pela Coreia do Norte, e garantiu que vai tomar "todas as medidas necessárias" para proteger o seu país e os aliados na região.

O míssil balístico intercontinental lançado pela Coreia do Norte, o segundo deste tipo em menos de um mês, é "a última acção imprudente e perigosa" do regime de Pyongyang, criticou Trump, num comunicado divulgado pela Casa Branca.

"Ao ameaçar o mundo, estas armas e testes isolam ainda mais a Coreia do Norte, enfraquecem a sua economia e sacrificam o seu povo", destacou Trump.

Em resposta, a Coreia do Sul e os Estados Unidos realizaram na sexta-feira um teste com mísseis balísticos. O Hwasong-14 voou 998 quilómetros durante 47 minutos e alcançou uma altitude máxima de 3.724,9 quilómetros antes de cair no mar do Japão, segundo os 'media' estatais norte-coreanos, uma informação que corresponde aos dados do exército sul-coreano.

A Coreia do Norte considerou o teste um êxito e garantiu que pode alcançar qualquer parte dos Estados Unidos.

Bombardeiros em manobras aéreas

Os Estados Unidos enviaram também este domingo bombardeiros estratégicos B-1B para a península coreana, em resposta ao míssil intercontinental lançado pela Coreia do Norte na sexta-feira, segundo informou hoje o ministro da Defesa do Japão, que participou nestas manobras aéreas.

Os exercícios foram realizados por dois bombardeiros norte-americanos e caças japoneses, disse em conferência de imprensa o ministro da Defesa japonês, Fumio Kishida.

Não é a primeira vez que o Pentágono decide destacar estes aviões, estacionados na sua base aérea de Andersen, na ilha de Guam, numa demonstração de força militar, em resposta ao que considera provocações norte-coreanas.

As aeronaves já tinham sido enviadas para as imediações da península coreana após o primeiro míssil intercontinental, lançado a 04 de julho, e em finais de maio, depois de Pyongyang disparar um projétil de curto alcance.

Na quinta-feira, o Congresso dos Estados Unidos deu luz verde a um pacote de sanções contra a Coreia do Norte, Irão e Rússia, que está pendente da assinatura de Trump, que prevê assiná-lo, segundo indicou a Casa Branca na sexta-feira.

Após o teste realizado por Pyongyang a 4 de Julho, Trump garantiu que estava a preparar "coisas bastante severas" como resposta à Coreia do Norte, apesar de o seu secretário para a Defesa, James Mattis, ter dito que actualmente não via motivos para ir "para a guerra" com o país.

Pyongyang ameaça com "acção justa"

Entretanto a Coreia do Norte ameaçou realizar uma "acção justa e enérgica" se os EUA continuarem com a actual política militar e de endurecimento de sanções como castigo pelo míssil balístico intercontinental lançado pelo regime de Pyongyang.

O Ministério Negócios Estrangeiros norte-coreano emitiu um comunicado, através da agência estatal de notícias KCNA, em que defende que o lançamento do míssil balístico intercontinental na sexta-feira foi uma demonstração de sua capacidade militar.

"Se os Estados Unidos insistirem nas suas aventuras militares contra nós e nos seus planos de sanções intensivos, responderemos com uma acção enérgica e justa como já declarámos anteriormente", afirma um porta-voz do ministério no comunicado citado pela agência espanhola Efe.

O comunicado sublinha que "os movimentos desesperados dos imperialistas norte-americanos só vão redobrar a vontade do exército e do povo coreano para acelerar o reforço das suas capacidades defensivas".
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