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Coreia do Norte ameaça EUA com retaliação proporcional pelas sanções

As sanções aprovadas pelo Conselho de Segurança da ONU contra a Coreia do Norte já motivaram uma reacção de Pyongyang, que ameaça retaliar e avisa os EUA da prontidão para dar uma "lição severa".

Reuters
07 de Agosto de 2017 às 13:51
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As sanções aprovadas no passado sábado pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas contra a Coreia do Norte representam, no entender de Pyongyang, uma "flagrante violação da nossa soberania".

 

Segundo as informações avançadas esta segunda-feira, 7 de Agosto, pelos media estatais norte-coreanos, reportando-se a uma declaração do ministro dos Negócios Estrangeiros, Ri Yong-ho, e citadas pela CNN, a Coreia do Norte considera que as sanções foram "fabricadas" e que, ao adoptá-las, a ONU está a abusar do poder que lhe é conferido pela Carta das Nações Unidas.  

 

Em declarações feitas por Ri Yong-ho durante um encontro da ASEAN, o ministro sustenta que "a posse de armas nucleares e mísseis balísticos intercontinentais é uma opção legítima de autodefesa perante a clara e real ameaça nuclear representada pelos Estados Unidos".

 

Ainda de acordo com as informações veiculadas pela agência estatal KCNA, a Coreia do Norte reitera ainda a ameaça de retaliação contra os Estados Unidos por mais esta vaga de sanções aplicadas ao regime liderado por Kim Jong-un.

 

Pyongyang acusa Washington de "tentar levar a situação na península coreana para a iminência de uma guerra nuclear", pelo que avisa que "fará os EUA pagar caro por todos os crimes odiosos cometidos contra o Estado e as pessoas" da Coreia do Norte.

Os avisos não se ficam por aqui. A KCNA acrescenta que a ameaça de retaliação feita por Pyongyang contempla mesmo o aviso para a possibilidade de um ataque a solo norte-americano. Como tal, especificam que o mais recente teste nuclear levado a cabo pelas forças armadas norte-coreanas configuraram uma "firme advertência aos EUA" que não devem crer que o seu território "está seguro".

 

No sábado, o Conselho de Segurança da ONU aprovou por unanimidade a Resolução 2371, que avoluma as sanções contra Pyongyang devido à contínua prossecução de testes a mísseis balísticos intercontinentais capazes de transportar ogivas nucleares, o que representa uma clara violação de anteriores resoluções das Nações Unidas.

 

Estas sanções incidem sobre as principais exportações norte-coreanas, como o carvão, ferro e pescas, embora também recaiam sobre a banca do país. De acordo com a embaixadora americana junto da ONU, Nikki Haley, estas sanções poderão representar um rombo de um terço nos 3 mil milhões de dólares de receitas anuais oriundas das exportações da Coreia do Norte.

 

Também esta segunda-feira, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Rex Tillerson, afirmou que Washington está disponível para dialogar logo que se verifiquem as "condições certas". Ou seja, os EUA apenas colocam a hipótese de negociações depois de Pyongyang aceitar renunciar à condução de novos testes com mísseis balísticos.

 

Depois de Pyongyang ter rejeitado os apelos da Coreia do Sul para conversações e perante o agudizar da tensão na península coreana, a China, principal aliado económico do regime norte-coreano, considerou que a situação está a atingir um "ponto crítico", embora Pequim sublinhe acreditar estar-se agora perante um "ponto de viragem com vista a negociações".

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