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EUA dizem querer desnuclearização da Coreia do Norte, não mudar o regime

Os Estados Unidos não pretendem uma mudança de regime na Coreia do Norte ou a aceleração da reunificação da Península Coreana, mas sim a desnuclearização daquela região, garantiram hoje os dois responsáveis americanos pela Defesa e Diplomacia.

Reuters
14 de Agosto de 2017 às 18:42
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Num artigo conjunto publicado hoje no jornal The Wall Street Journal, o secretário de Estado, Rex Tillerson, e o secretário da Defesa, James Mattis, duas das mais altas figuras da administração do Presidente Donald Trump, tentaram apresentar uma posição clara e unida sobre as recentes ameaças do regime norte-coreano contra os Estados Unidos.

No texto de opinião, Tillerson e Mattis garantem que o objectivo da "campanha de pressão pacífica" dos Estados Unidos foi a desnuclearização da Península Coreana e não uma mudança de regime.

"Não temos qualquer desejo de infligir danos ao povo sofredor da Coreia do Norte, que é distinto do regime hostil em Pyongyang", escreveram os dois responsáveis, num momento em que o chefe do Estado-maior norte-americano, Joseph Dunford, está na Coreia do Sul.

"Estamos a substituir a política fracassada da 'paciência estratégica'... com uma nova política de responsabilidade estratégica", acrescentaram.

E indicaram igualmente que "não procuram qualquer pretexto para estacionar tropas a norte da zona desmilitarizada (que marca a fronteira entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul)".

Este editorial assinado por Tillerson e Mattis está a ser encarado como um contraponto às declarações bélicas feitas na semana passada por Trump após várias ameaças e acções do regime norte-coreano, em particular os testes a dois mísseis balísticos intercontinentais com capacidade de atingir o território norte-americano.

Após o regime de Pyongyang ter declarado que estava a considerar um plano para atacar com mísseis as bases militares no território americano da ilha de Guam, no Pacífico, Trump avisou a Coreia do Norte de que "era melhor não fazer mais ameaças aos Estados Unidos" e prometeu uma resposta com "fogo e fúria como o mundo nunca viu".

Em outras mensagens na rede social Twitter, Trump assegurou que o arsenal nuclear dos Estados Unidos é "o mais poderoso e forte de sempre", bem como afirmou que a opção militar estava pronta para ser accionada.

Este editorial também está a ser encarado como uma forma de tranquilizar a China sobre as intenções americanas.

A recente instalação de um escudo anti-míssil americano na Coreia do Sul preocupou gravemente as autoridades de Pequim.

"Se a China desejar desempenhar um papel mais activo para assegurar a paz e a estabilidade (...) deve tomar a decisão de exercer a sua influência diplomática e comercial de maneira decisiva sobre a Coreia do Norte", escreveram os dois responsáveis, instando Pequim a assumir um papel de liderança e a tentar levar Pyongyang à mesa de negociações.

"A região e o mundo precisam e esperam que a China faça mais", concluíram.
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