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Obrigações do Tesouro foram o melhor investimento no ano passado… e nos últimos 10

Na hora de investir, há vários produtos. Mas nem todos acabam por gerar os maiores retornos. Em 2014, investir na bolsa nacional correu mal, já a dívida pública brilhou, tal como tem feito na última década.

Bloomberg
30 de Setembro de 2015 às 20:00
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A bolsa portuguesa perdeu mais de um quarto do valor no ano passado, desempenho que fez do investimento em acções nacionais o pior investimento. Nem mesmo os dividendos compensaram a queda, diz a CMVM. Onde deveria ter investido? Nas obrigações do Tesouro. Deram o maior retorno em 2014, e são também estes títulos que apresentam as valorizações mais expressivas no longo prazo.


"Após dois anos de retornos positivos, o mercado accionista nacional voltou a apresentar uma rentabilidade negativa", diz o relatório anual sobre a actividade da CMVM, de 2014. Perante a queda de 26%, "as aplicações do mercado accionista foram o investimento menos compensador no último ano. As obrigações do Tesouro (com maturidade residual a 10 anos) teriam constituído a alternativa de investimento mais compensadora, seguida dos certificados de aforro", remata.


E mesmo num prazo mais longo, a bolsa perde para a dívida pública. "Se o desempenho do mercado for aferido através de outros índices de referência para o mercado português, o PSI-20 TR (índice de rentabilidade total, que incorpora os dividendos pagos) ou o índice PSI Geral, a respectiva rentabilidade média anual também foi negativa na última década", diz o regulador do mercado português.

"Por cada euro aplicado em obrigações do Tesouro no final de 2004, um investidor teria obtido uma rentabilidade acumulada de 73 cêntimos se tivesse mantido o investimento por um período de 10 anos, o que corresponde a uma rentabilidade real (isto é, expurgada do efeito do crescimento generalizado dos preços) de 45,7 cêntimos", diz a CMVM.

"Se, em alternativa, o mesmo investidor tivesse efectuado uma aplicação numa carteira que replicasse o PSI20 TR ou o PSI Geral obteria uma rentabilidade negativa de 8,7 cêntimos ou de 4,7 cêntimos, respectivamente (o que corresponde a um rentabilidade real negativa de 23,1 e 19,7 cêntimos, respectivamente)".

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