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ISDA adia novamente decisão sobre Oi/PT. Prazo foi alargado até sexta-feira.
O Comité de Decisões da ISDA tinha previsto responder, esta quarta-feira, à questão se o pedido de recuperação judicial constitui um evento de crédito. Optou por ter mais tempo para deliberar e estendeu o prazo para esta sexta-feira.
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A resposta do Comité de Decisões da Associação Internacional de Swaps e Derivados (ISDA) sobre se o pedido de recuperação judicial da Oi constitui um evento de crédito voltou a ser adiada. A decisão dos bancos e gestoras internacionais terá influência não só em "credit-default swaps" (CDS) nos produtos estruturados que tinham dívida da antiga PT como activo subjacente.
O Comité da ISDA já teve várias reuniões sobre o assunto e tinha apontado uma decisão para esta quarta-feira. Mas os participantes daquele organismo pretendem ter mais tempo para avaliar o caso. Se deliberar que o pedido de recuperação judicial da Oi, que garante a dívida da Portugal Telecom International Finance (PTIF), constitui um evento de crédito, os CDS (instrumentos financeiros que funcionam como uma espécie de seguro) são activados.
Nessa situação, a decisão seria seguida de um leilão organizado pela ISDA em que será determinado qual o valor estimado de recuperação das obrigações da PTIF. Num cenário de evento de crédito, os vendedores de CDS pagam o valor facial das obrigações e, em troca, recebem as obrigações que foram consideradas em incumprimento ou o valor correspondente à taxa de recuperação estimada no leilão.
No caso dos produtos estruturados que tinham como subjacente dívida da antiga PT, como as "credit linked notes", o mecanismo é semelhante. Caso seja determinado que houve um evento de crédito há um vencimento antecipado e o subscritor do produto recebe as obrigações consideradas em incumprimento ou um valor semelhante ao definido no leilão organizado pela ISDA.