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Petróleo renova mínimo de sete anos penalizado por excesso de oferta

Os preços do petróleo estão a recuar, penalizados pelos receios dos investidores em torno do excesso de oferta. O Irão já fez saber que "não há qualquer hipótese" do país atrasar o seu plano para aumentar exportações.

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Oil Trades Near Seven-Year Low
14 de Dezembro de 2015 às 09:52
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Os preços do petróleo estão a cair nos mercados internacionais. O Brent do Mar do Norte, que serve de referência para as importações nacionais, desce 0,90% para 37,59 dólares por barril. Ainda assim, durante a sessão desta segunda-feira, o barril de Brent chegou a tocar nos 37,27 dólares, um novo mínimo desde 24 de Dezembro de 2008, altura em que transaccionou nos 36,20 dólares.

O West Texas Intermediate recua 0,59% para 35,41 dólares por barril, aproximando-se de mínimos de 17 de Fevereiro de 2009, altura em que o barril negociou nos 34,45 dólares.


A cotação da matéria-prima há muito que tem vindo a ser pressionada pelo excesso de oferta que existe no mercado. E é esse o motivo que continua a levar os preços do petróleo às quedas. O Irão, membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), já fez saber através do vice-ministro do Petróleo, Amir Hossein Zamaninia, que "não há qualquer hipótese" do país atrasar o seu plano para aumentar os envios da matéria-prima, mesmo que os preços caiam. O mercado teme assim que o excesso de oferta seja agravado.

O Irão, que espera que as sanções económicas impostas ao país sejam levantadas na primeira semana de Janeiro de 2016, está já a preparar-se, de acordo com a Bloomberg, para apresentar contratos de fornecimento de gás natural e de petróleo a clientes. Os dados compilados pela agência de informação mostram que o país produziu no mês passado 2,8 milhões de barris.


Os valores atingidos pelo "ouro negro" nos mercados internacionais foram vistos pela última vez na altura da crise financeira, época em que a OPEP abandonou os seus limites de produção para defender a sua quota de mercado. No entanto, a estratégia actual do cartel passa por manter o actual nível de produção, de cerca de 31,5 milhões de barris diários.

A Agência Internacional de Energia considera que o excesso de oferta no mercado vai prolongar-se até ao final de 2016, à medida que a procura vai diminuir o seu ritmo de crescimento e a OPEP mostra sinais de "determinação renovada" em maximizar a produção.

Hong Sung Ki, analista da área de matérias-primas da Samsung Futures em Seul, disse à Bloomberg, que "a guerra de preços provavelmente vai continuar até ao final do próximo ano". "A Arábia Saudita não vai ser capaz de cortar a sua produção enquanto o Irão continua a aumentar a sua produção", acrescentou.

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