A OPEP aumentou a produção de petróleo em Novembro para 31,7 milhões de barris diários. Extraiu mais 230 mil barris, elevando a oferta para o valor mais elevado desde Abril de 2012. O Iraque foi novamente o país onde a oferta aumentou mais (produziu mais 247,5 mil barris por dia do que no mês anterior). Pelo contrário, a Arábia Saudita, o maior produtor do grupo, reduziu a oferta, de acordo com o relatório mensal da OPEP, publicado esta quinta-feira, 10 de Dezembro.

O grupo tinha um tecto de produção de 30 milhões de barris, mas estava a produzir acima desse limite há vários meses. Na última reunião, em Viena, no dia 4 de Dezembro, a OPEP não chegou a acordo para estabelecer o valor para o tecto de produção, mas indiciou que iria manter a actual oferta de petróleo, em torno dos 31,5 milhões de barris diários.

A produção do grupo em Novembro supera as estimativas avançadas para a oferta necessária no próximo ano, calculadas em 30,8 milhões de barris, pela OPEP. O relatório indica ainda uma projecção de uma queda de 380 mil barris diários na produção fora do grupo, para um total de 57,14 milhões de barris, provocado especialmente pelo recuo da oferta nos EUA, tal como a OPEP pretende. Este ano, contudo, a produção fora do grupo deverá aumentar mais do que o inicialmente estimado, em um milhão de barris diários, rectificou a OPEP no relatório.

Ao manter a produção elevada, a OPEP acentua o excedente de petróleo no mercado, fazendo cair os preços da matéria-prima e levando os concorrentes a parar as explorações de petróleo com custos mais elevados. Produzir um barril de petróleo na Arábia Saudita tem um custo médio de 9,9 dólares, ao passo que nos EUA o custo sobe para 36,6 dólares com barril, segundo os dados Rystad Energy, citados pela CNN.

Após a publicação do relatório da OPEP, o West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, está a recuar 0,32% para 37,04 dólares por barril, um mínimo de 2009. O Brent, negociado em Londres, que serve de referência para a Europa sobe 0,20% para 40,19 dólares por barril, após quatro sessões em queda, em que chegou a quebrar a fasquia dos 40 dólares por barril.