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Petróleo afunda mais de 5% para novos mínimos de sete anos
A matéria-prima está a negociar nos 37 dólares em Londres depois da Agência Internacional de Energia (AIE) estimar um recuo na procura e uma produção excedentária no próximo ano, na sequência da decisão da OPEP em manter os actuais níveis de produção.
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O recuo da matéria-prima acontece na sequência das perspectivas da AIE de que o excesso de petróleo no mercado se irá manter até ao final de 2016 face a um recuo na procura e ao facto de a Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP) mostrar uma "renovada determinação" em maximizar a produção, escreve a Bloomberg.
O Brent negociado em Londres e preço de referência para a Europa cai 5,06% para 37,72 dólares. A matéria-prima já negociou esta sexta-feira nos 37,36 dólares, a cotação mais baixa desde 31 de Dezembro de 2008.
O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, recua 3,16% para 35,60 dólares por barril. Já negociou nos 35,55 dólares, um mínimo desde Fevereiro de 2009.
"Os embates continuam a surgir", diz John Kilduff, analista citado pela Bloomberg. "Já foi mau o suficiente que a reunião da OPEP tenha terminado a determinação de metas de produção. Agora vemos o quão agressivamente estão todos a lutar por quota de mercado", acrescentou.
A agência considera, todavia, que a acumulação de excedentes deverá abrandar no próximo ano devido à penalização imposta por esta política da OPEP aos produtores que não integram a organização, mas alerta para o regresso do Irão ao mercado, na sequência do acordo nuclear e consequente levantamento de sansões.
"O nível de produção da OPEP é espectacular", disse Kilduff, acrescentando que "não há fim à vista para o excesso de oferta global [de petróleo]".
(notícia actualizada com novas cotações)