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Petróleo abaixo dos 36 dólares deixa Wall Street em forte queda  

As bolsas norte-americanas registaram a maior queda em dois meses, com a descida do petróleo para mínimos de sete anos e a perspectiva de subida dos juros da Fed a assustar os investidores.  

Scott Eells/Bloomberg
11 de Dezembro de 2015 às 21:55
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As bolsas norte-americanas fecharam a sessão em queda acentuada, penalizadas sobretudo pela queda das companhias ligadas ao sector da energia.

 

O índice industrial Dow Jones fechou a sessão desta sexta-feira, 11 de Dezembro, a cai 1,76% para 17.265,21 pontos, acompanhado pelo tecnológico Nasdaq Composite que cedeu 2,21% para 4.933,46 pontos.

 

O índice Standard & Poor’s 500 desvalorizou 1,94% para 2.012,37 pontos, tendo sofrido a queda mais violenta em dois meses, estando agora em mínimos de 14 de Outubro, de acordo com a Bloomberg.

 

Também as bolsas europeias acabaram o dia em queda acentuada, uma tendência determinada pelas fortes perdas registadas no preço do barril de petróleo nos mercados internacionais. O crude negociado em Nova Iorque (West Texas Intermediate) caiu 3,59% para 35,44 dólares, tendo fixado um novo mínimo de Fevereiro de 2009.

 

Em Londres, também o Brent do Mar do Norte, que serve como valor de referência para as importações nacionais, atingiu um mínimo de quase sete anos ao cair 4,66% para 37,88 dólares por barril. Esta manhã, a Agência Internacional de Energia (AIE) revelou acreditar que o mercado petrolífero internacional irá continuar com elevados excedentes até ao final de 2016.

 

Sem surpresa, foram as cotadas do sector energético que mais pressionaram os índices. A Chevron caiu 3,2% para 86,44 dólares e a Exxon Mobil cedeu 1,78%. A DuPont, que anunciou uma fusão com a Dow Chemical, protagonizou a queda mais acentuada do Dow Jones (5,51%). O sector tecnológico e financeiro também esteve em forte queda, com o Twitter a ceder 4,13% e o Goldman Sachs a cair 3,05%.

 

As praças norte-americanas fecharam a negociar em terreno negativo pela quarta vez nas últimas cinco sessões, numa altura em que os investidores depositam cada vez mais atenção na decisão que a Reserva Federal dos Estados Unidos irá tomar já na próxima semana. No acumulado da semana o S&P500 sofreu a queda mais acentuada desde Agosto, sendo que nas últimas três semanas fechou sempre em terreno positivo.

 

A instituição liderada por Janet Yellen inicia a habitual reunião mensal de dois dias na próxima terça-feira, aguardando-se para o dia seguinte uma decisão quanto à taxa de juro directora da maior economia mundial.

 

Perante os sinais de crescente recuperação da economia norte-americana, é cada vez maior a expectativa de que Yellen anuncie a primeira subida dos juros desde 2006. 

 

Os investidores consultados pela Bloomberg colocam em 76% a probabilidade de a Fed elevar os juros ainda em 2015. Ainda assim, permanecem cautelosos tendo em conta os sinais de abrandamento da economia mundial, designadamente da China, o que está também a contribuir para a quebra do preço das matérias-primas.

 

Já esta sexta-feira, a corroborar as indicações de maior robustez da economia dos Estados Unidos, um relatório mostrou que, em Novembro, as vendas no sector do retalho registaram a maior subida dos últimos quatro meses. Para o aumento do consumo das famílias norte-americanas contribuiu o facto de o preço do petróleo estar em mínimos de 2009. 

 

 

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