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Fundo Soberano da Noruega regressa às perdas com quebra de 10 mil milhões de dólares

No primeiro trimestre deste ano o Fundo Soberano da Noruega, o maior do mundo, registou perdas pelo terceiro trimestre no espaço de um ano. Entre Janeiro e Fevereiro este fundo caiu 10 mil milhões de dólares, o equivalente a 0,6%.

Bloomberg
28 de Abril de 2016 às 14:11
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Depois de o Fundo Soberano da Noruega ter crescido 3,6% no quarto trimestre de 2015, aquele que é o maior fundo soberano mundial voltou às perdas nos primeiros três meses deste ano. De acordo com os dados oficiais conhecidos esta quinta-feira, 28 de Abril, o fundo norueguês de 870 mil milhões de dólares (769 mil milhões de euros) perdeu 10 mil milhões de dólares (8,84 mil milhões de euros) entre Janeiro e Março de 2016, o equivalente a 0,6% do fundo.

Citado pelo Financial Times, Trond Grande, o número dois do Norges Bank Investment Management, entidade responsável pela gestão do fundo, justifica esta performance com a forte volatilidade dos mercados e com o abrandamento da economia chinesa.

"Os primeiros dois meses de 2016 foram caracterizados por uma elevada volatilidade nos mercados e por preocupações relacionados com um abrandamento da China. A turbulência diminuiu consideravelmente em Março", justificou.

O portfolio de acções do Fundo Soberano teve uma desvalorização de 2,9%, as obrigações detidas pelo fundo valorizaram 3,3% e a aposta em investimentos no sector imobiliário contribuiu para perdas de 1,3%. Desde Abril o fundo pode investir mais no sector imobiliário.

Entre as acções detidas pelo maior fundo soberano mundial o destaque vai para os ganhos alcançados com os títulos da Royal Dutch Shell, Verizon e Tesco, enquanto as maiores perdas decorreram das acções do Credit Suisse, Novartis e HSBC.

Depois de no terceiro trimestre de 2015 ter obtido o pior resultado em quatro anos, o que se deveu à generalização de taxas de juros negativas, à turbulência cambial, à desvalorização do petróleo e às baixas expectativas de crescimento dos países emergentes, o Fundo Soberano da Noruega recuperou no quarto trimestre do ano passado. Mas com a quebra agora verificada este fundo soma três trimestres a cair no espaço dos últimos 12 meses.

Constituído nos anos 1990, em especial através de activos provenientes da produção petrolífera da Noruega, só agora, pela primeira vez desde que em 1996 foi feita a primeira transferência de capital para a constituição do fundo, o Estado norueguês recorreu aos activos deste fundo, com o Governo a retirar 25 mil milhões de coroas norueguesas (2,7 mil milhões de euros) no primeiro trimestre de 2016. Tal decisão aconteceu décadas antes do previsto. 

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