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Fundo Soberano da Noruega tem o pior resultado desde 2011
O fundo soberano da Noruega, o maior do mundo, registou o pior resultado em quatro anos. O fundo ganhou 334 mil milhões de coroas norueguesas (44,8 mil milhões de euros), com um retorno de 2,7% em 2015.
O maior fundo soberano do mundo registou, em 2015, o pior resultado dos últimos quatro anos. O fundo ganhou 334 mil milhões de coroas norueguesas (44,8 mil milhões de euros), com um retorno de 2,7% em 2015, face a 7,6% em 2014.
A aposta em acções gerou ganhos de 3,8% e em obrigações 0,3%. O imobiliário valorizou 10%, beneficiando da aposta em dois grandes investimentos, revela a apresentação de resultados. A volatilidade, a queda dos preços do petróleo e o abrandamento da economia justificam a redução dos lucros, que foi, em parte, compensada com a aposta em acções no final do ano, revelou o fundo.
"2015 foi um ano volátil, com taxas de juros negativas, turbulência cambial, queda dos preços do petróleo e expectativas de crescimento mais baixas nos mercados emergentes", justificou Yngve Slyngstad. "Observámos flutuações nos lucros do fundo de trimestre para trimestre, mas no final o resultado é satisfatório", diz o presidente executivo do Norges Bank Investment Management, responsável pela gestão do fundo, em comunicado.
A recuperação dos resultados, após dois trimestres de prejuízos, deve-se ao aumento da aposta em acções, em detrimento do mercado de dívida, no final do ano. De facto, a maior aposta do fundo, que está avaliado em 7,457 mil milhões de coroas, é em acções (61,2%), seguida das obrigações (35,7%) e do mercado imobiliário (3,1%).
Apesar de ser o pior resultado desde 2011 (quando as apostas do fundo registaram prejuízos), ultrapassou o objectivo fixado pelo Ministério das Finanças e os índices de referência em 0,5 pontos percentuais. Em 2016, o fundo terá "uma importância acrescida" para a economia norueguesa, após uma "viragem significativa" em 2015, considerou Slyngstad.
A queda acentuada do petróleo significou uma redução da injecção de liquidez no fundo, proveniente dos impostos petrolíferos e das participações do estado na exploração de petróleo. Em Janeiro, o governo norueguês realizou o primeiro levantamento do fundo soberano.