O fundo soberano da Noruega está disponível para voltar a investir em obrigações iranianas. Esta decisão surge depois de quase uma década de sanções ao Irão por parte da comunidade internacional devido ao seu programa nuclear.

O Irão está a começar a sentir os efeitos do fim das sanções. Depois de ter realizado a sua primeira exportação de petróleo para a Europa, o país poderá agora começar também começar a ser alvo de maior interesse por parte de investidores estrangeiros no Ocidente.

A Noruega, cujas sanções ao Irão impediam a compra de obrigações do país desde Janeiro de 2014, levantou esta proibição, devido à maior abertura por parte das autoridades iranianas para cumprir as suas obrigações a nível internacional.

Este levantamento das restrições de investimento no Irão surgem numa altura em que o fundo soberano norueguês procura expandir a sua exposição para os mercados emergentes para aumentar os seus retornos.

Os juros iranianos superaram os 20% numa emissão de curto prazo de 4,5 mil milhões de dólares realizada pela Estado e por emitentes privados no Irão.

Ao contrário de outros países em desenvolvimento, a economia do Irão está a crescer a ritmo acelerado e o país poderá continuar a beneficiar com o aumento das receitas de petróleo, uma vez que está a aumentar as exportações. Além disso, o país avançou que está em conversações com as agências de "rating" para que revejam as suas avaliações para o país.