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Fundo da Noruega regressa aos lucros no segundo trimestre

O maior fundo soberano do mundo voltou aos ganhos no segundo trimestre do ano, sustentado pelos ganhos nas obrigações, mas alerta para os riscos das baixas taxas de juro nas rendibilidades futuras.

Bloomberg
17 de Agosto de 2016 às 11:41
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Depois de um primeiro trimestre negativo, o Fundo da Noruega voltou a gerar lucros. O maior fundo soberano do mundo rendeu 1,3% no segundo trimestre do ano, mas alertou que as baixas taxas de juro podem comprometer a capacidade do fundo para obter rendibilidade no futuro.

O fundo da Noruega, avaliado em 890 mil milhões de dólares, terminou o segundo trimestre de 2016 com um ganho de 94 mil milhões de coroas (11,5 mil milhões de dólares), ou 1,3%, a recuperar da descida de 0,6% registada nos primeiros três meses do ano, comunicou a instituição em comunicado esta quarta-feira, 17 de Agosto. A sustentar o comportamento positivo do fundo esteve a dívida. As obrigações em carteira, com um peso de 37,4% do património, renderam 2,5%.

Apesar do contributo positivo das obrigações, Trond Grande, o número dois do Norges Bank Investment Management, entidade responsável pela gestão do fundo, alertou que a "longo prazo, contudo, taxas de juro mais baixas têm implicações negativas para retornos futuros no portefólio de dívida".

As acções representaram a maior fatia do investimento no segundo trimestre, ao captarem 59,6% do património. E, ainda que as acções europeias em carteira tenham fechado o período com um comportamento negativo – caíram 3% - , a componente accionista global rendeu 0,7%. A determinar os ganhos estiveram as acções americanas no fundo, que renderam 2,2%, e japonesas, que contribuíram com uma valorização de 3,1%.

Imobiliário britânico vale menos

Ao contrário das acções e das obrigações, o sector imobiliário deu um contributo negativo para o fundo soberano norueguês. As participações imobiliárias perderam 1,6% entre Abril e o final de Junho, uma evolução para a qual muito contribuiu o Brexit e a desvalorização do sector no Reino Unido.

O Fundo da Noruega decidiu mesmo baixar o valor do imobiliário britânico em carteira em 5%, na sequência do referendo que decidiu a saída do Reino Unido da União Europeia. Esta decisão surge depois de muitos fundos imobiliários britânicos terem sido confrontados com uma onda de resgates, que obrigou várias gestoras a encerrar a negociação dos seus fundos.

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