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Acções da Renováveis perderam 21,6% nos nove anos em bolsa

EDP dispersou a subsidiária em 2008, por oito euros por acção, e quer ir agora recomprá-la por 6,80 euros cada título. Dividendos melhoraram ligeiramente esta evolução.

Miguel Baltazar
27 de Março de 2017 às 20:33
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A 3 de Junho de 2008, a EDP abria o capital da sua subsidiária de renováveis, com sede em Espanha, ao preço de oito euros por acção. A colocação correu bem, graças também ao entusiasmo que o sector vinha já desde então despertando. Agora, quase nove anos depois, a EDP Renováveis está perto de terminar o seu percurso em bolsa, deixando o PSI-20, novamente, mais pobre.

O preço de venda, afinal, acabou por marcar mesmo o máximo dos títulos durante toda a sua vida em bolsa. Não mais os oito euros foram atingidos, com os investidores iniciais a temerem perdas potenciais muito relevantes em 2012. A 24 de Julho desse ano, as acções bateram no fundo: 2,314 euros, uma desvalorização superior a 70% face ao preço de abertura do capital.
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O mercado recuperou, e a Renováveis - com planos de expansão e de rotação de activos em vários pontos do mundo - também. O preço de fecho da sessão desta segunda-feira, 6,267 euros, está ainda longe da colocação inicial: 21,6% abaixo, para ser mais exacto.

Mas este valor não conta toda a história, porque a Renováveis foi pagando dividendos, ou seja, a remuneração dos accionistas não se limitou à evolução dos títulos do mercado. Fazendo as contas ao 'total return', ou seja, juntando à evolução da cotação os dividendos pagos e num cenário de reinvestimento em títulos da mesma empresa, a desvalorização é ligeiramente inferior: 19,14% abaixo dos oito euros de venda.

A EDP Renováveis paga dividendos desde 2013, há quatro exercícios consecutivos. Em 2013, 2014 e 2015 o dividendo bruto por acção foi de quatro cêntimos, subindo para cinco cêntimos em 2016 (dividendos sempre referentes ao lucro do respectivo exercício anterior). Este ano, está já prevista a manutenção do dividendo de cinco cêntimos por acção, a ser pagos a 8 de Maio, de acordo com a Bloomberg. O maior rácio de 'payout', ou seja, a percentagem do resultado líquido distribuído em dividendos, deu-se em 2013 e 2015, com rácios de 28% do resultado líquido. A EDP, como maior accionista, foi naturalmente quem mais dividendos recebeu.

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