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Secretário de Estado da Energia diz que é "muito positivo" a EDP investir em Portugal
O secretário de Estado da Energia considerou hoje "muito positivo" a EDP preferir investir em Portugal face a outros países da União Europeia ao lançar uma Oferta Pública de Aquisição sobre a EDP Renováveis.
"Vejo que uma empresa como a EDP entende que é preferível fazer investimentos em Portugal do que noutro país na União Europeia, isso é muito positivo e significa que estamos a criar grandes condições para que as empresas invistam mais no nosso país", disse Jorge Seguro Sanches, em declarações à agência Lusa, à margem de uma conferência que decorre hoje na Assembleia da República, em Lisboa.
O secretário de Estado referia-se à Oferta Pública geral e voluntária de Aquisição (OPA) de acções da EDP Renováveis, anunciada na segunda-feira pela EDP, e que incide sobre cerca de 22,5% do capital social da subsidiária, por 6,80 euros por cada acção.
"O que aconteceu foi muito claro, a empresa em concreto vendeu activos em Espanha para comprar uma empresa que tem uma grande intervenção em Portugal, o que significa que há confiança no sector, na forma como está estabelecida a regulação em Portugal e como o Governo está a actuar", acrescentou Jorge Seguro Sanches.
O governante sublinhou ainda que o investimento anunciado mostra que "as empresas têm todas as condições para desenvolver o seu trabalho" no país.
A EDP também divulgou na segunda-feira ao mercado que aceitou a venda da sua subsidiária para a actividade de distribuição de gás em Espanha, a Naturgas Energía Distribuición, e adiantou que vai usar o encaixe financeiro para comprar as acções da EDP Renováveis.
A EDP referiu que a oferta pela totalidade da Naturgas Energía Distribuición corresponde a um valor da empresa de 2.591 milhões de euros, com um impacto esperado de cerca de 2,3 mil milhões de euros na redução da dívida líquida da EDP em 2017.
A EDP detalhou que "o encaixe financeiro resultante desta alienação será parcialmente aplicado" na potencial aquisição de acções da EDP Renováveis, actualmente detidas por accionistas minoritários, enquanto o valor remanescente se destinará à redução da dívida e nível de endividamento da EDP.