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EDP Renováveis regista maior subida desde 2008 e fecha acima do preço da OPA

A OPA lançada pela EDP fez disparar as acções da Renováveis, um movimento acompanhado por uma elevada liquidez.

O Haitong avalia as acções da EDP Renováveis em 8,00 euros, o que implica um potencial de valorização 35%. A recomendação é de comprar.

O banco de investimento assinala que a EDP Renováveis apresenta uma avaliação “muito atractiva”, estando a negociar em bolsa tendo em conta um cenário “muito pessimista”, com um crescimento nulo na capacidade instalada e um aumento de 50 pontos base no custo médio do capital. Trata-se de uma avaliação “injustificada, pois acreditamos que a acção deve começar a apresentar uma melhor prestação assim que as notícias nos Estados Unidos confirmarem que não era tão más como o esperado”.

O Haitong considera que o mercado reagiu de forma exageradamente negativa aos riscos regulatórios nos Estados Unidos devido à vitória de Donald Trump nas eleições. “Dado que a regulação nos Estados Unidos advém de três fontes (Presidente, Congresso e Estados) e pelo menos duas não mudaram, acreditamos que o risco regulatório é mais baixo do que está a ser apreendido pelo mercado”, acrescenta.
Miguel Baltazar/Negócios
28 de Março de 2017 às 17:03
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As acções da EDP Renováveis dispararam 10% para 6,90 euros, um valor que compara com os 6,80 euros oferecidos pela EDP na oferta pública de aquisição (OPA) lançada esta segunda-feira, 27 de Março.

 

As acções já chegaram a subir mais de 11% para 6,973 euros, o que corresponde ao valor mais elevado desde 27 de Outubro de 2016.

 

Esta foi a subida mais pronunciada das acções desde Novembro de 2008, ano em que a empresa liderada por João Manso Neto se estreou em bolsa. E foi acompanhada por uma elevada liquidez, tendo negociado mais de 6,6 milhões de acções. A média diária dos últimos seis meses é de 591,1 mil títulos. A liquidez observada esta terça-feira corresponde à maior desde 30 de Maio de 2012, num período em que beneficiou sobretudo de uma nota de análise do BPI, com a casa de investimento a rever a avaliação na altura da empresa e a coloca-la entre as preferidas. Em Maio de 2012, a EDP Renováveis encontrava-se na lista das preferidas do BPI devido à baixa avaliação no mercado e à possibilidade de vir a ser alvo de uma OPA da casa-mãe.

 

Já a EDP apreciou 4,16% para 3,055 euros, tendo chegado a tocar nos 3,093 euros, o que representa um máximo desde Maio de 2016. A liquidez da eléctrica também foi elevada, tendo trocado de mãos mais de 15 milhões de acções, quando a média diária dos últimos seis meses é de 5,9 milhões.

A eléctrica liderada por António Mexia anunciou ontem ao final do dia duas operações. A primeira foi a venda da espanhola Naturgas por 2,6 mil milhões de euros. Esta operação vai ser usada para dois fins: a redução da dívida e o financiamento da OPA sobre a Renováveis.

A EDP oferece assim 6,80 euros por cada acção da empresa liderada por João Manso Neto, o que corresponde a um prémio de 8,5% face à cotação de fecho das acções na última sessão (6,267 euros). No total, para comprar os 22,5% que a EDP não detém da Renováveis, a eléctrica propõe investir 1,33 mil milhões de euros. Face ao preço médio dos últimos seis meses o prémio oferecido é de 10,5%.

Os analistas fazem uma avaliação superior da empresa de energias renováveis. Os 17 analistas que avaliaram a EDP Renováveis nos últimos três meses atribuem um preço-alvo médio de 7,10 euros à cotada de energias verdes, o que se situa 4% acima do preço da OPA da EDP.

A EDP Renováveis foi lançada na bolsa de Lisboa em Maio de 2008, com cada acção a valer oito euros, o que significa que neste período a cotada perdeu mais de 21% em bolsa e que a contrapartida oferecida pela eléctrica está 15% abaixo desse valor. Ainda assim, neste período houve pagamento de dividendos, o que reduz na prática esta diferença.

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