A EDP Serviço Universal fechou a venda de 574 milhões de euros do défice tarifário. A empresa do grupo EDP para o mercado regulado colocou em seis operações individuais 250 milhões de euros do défice tarifário relativo a 2015 e de 324 milhões de défice relativo a 2017. Este défice foi gerado através dos sobrecustos com a produção em regime especial.

O défice relativo a 2015 "resultou do diferimento por cinco anos da recuperação do sobrecustos de 2015 com a aquisição de energia aos produtores em regime especial (incluindo os ajustamentos de 2013 e 2014)", pode-se ler no comunicado enviado pela EDP à CMVM esta segunda-feira, 27 de Março.

Em relação ao défice de 2017, este resulta do "diferimento por cinco anos da recuperação do sobrecusto de 2017 com a aquisição de energia aos produtores em regime especial (incluindo os ajustamentos de 2015 e 2016)".

Esta é uma forma da EDP encaixar imediatamente este valor, não tendo de esperar anos para receber o dinheiro relativo à produção em regime especial.

Em 2016, a produção em regime especial atingiu um total de 1,7 mil milhões de euros até Outubro. A maior parte deste valor (954 milhões de euros) correspondem ao apoio à produção de energia eólica, seguido do apoio à cogeração (285 milhões), sendo o gás natural o combustível mais usado nestas centrais.

A EDP conclui vendas de défice tarifário no valor de 2,2 mil milhões de euros em 2016, superando a sua meta de 800 milhões anuais previstos no plano de negócios 2016-2020. O registo obtido em 2016 bateu os valores de 2014 e 2015, quando o valor conjunto bateu os 2,1 mil milhões de euros.