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Patrões chumbam eleições antecipadas: “Já basta o elevado clima de incerteza de origem internacional”
“A instabilidade política afetará a economia em diversos aspetos, designadamente ao nível de uma menor celeridade na execução dos fundos europeus e de uma desconfiança dos investidores, condicionando a atratividade do nosso país na captação de investimento”, considera o líder da AEP.
Apesar de a convocação de eleições legislativas antecipadas ser já dada como certa, com o Presidente da República a apontar nova ida às urnas em maio, o empresariado português apela à classe política para fazer marcha-atrás.
"A Associação Empresarial de Portugal (AEP) espera que o cenário de eleições antecipadas não se venha a concretizar", afirmou o presidente da organização patronal, em declarações ao Negócios.
"As empresas precisam de estabilidade e previsibilidade, muito importantes no mundo dos negócios. Já basta o elevado clima de incerteza de origem internacional, nomeadamente de cariz geopolítico", sustentou Luís Miguel Ribeiro.
Para este dirigente associativo, "qualquer que seja o contexto, o país precisa de equilíbrio", considerando que, "numa conjuntura tão delicada como a que enfrentamos essa necessidade é ainda maior".
Luís Miguel Ribeiro alerta que "a instabilidade política afetará a economia em diversos aspetos, designadamente ao nível de uma menor celeridade na execução dos fundos europeus e de uma desconfiança dos investidores, condicionando a atratividade do nosso país na captação de investimento, nacional e estrangeiro".
Perante este cenário, o presidente da AEP defende que "os políticos devem fazer tudo o que está ao seu alcance para evitar riscos acrescidos para o país, pois os riscos de natureza externa, que existem, e são muitos, esses não os podem controlar", rematou.
Recorde-se que o Conselho de Ministros aprovou nesta quinta-feira, 6 de março, uma moção de confiança ao Parlamento, que tem chumbo anunciado.