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PSI-20 em máximos de mais de sete meses lidera ganhos na Europa

A bolsa nacional valoriza 2,5% animada pelas fortes subidas da EDP e da EDP Renováveis. O BCP, com uma valorização de 3%, também contribui para os ganhos.

Miguel Baltazar/Negócios
28 de Março de 2017 às 10:50
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É uma sessão de fortes ganhos para a bolsa nacional, que negoceia já no valor mais elevado em mais de sete meses, animada pelo grupo EDP. Em alta pela quarta sessão consecutiva, o PSI-20 valoriza 2,47% para 4.836,82 pontos, um máximo de 15 de Agosto do ano passado. Das 19 cotadas que compõem o principal índice nacional, 14 estão em alta e cinco em queda.

Na Europa, depois de duas sessões consecutivas de perdas, os índices bolsistas regressaram ao "verde", beneficiando do alívio dos receios em torno da capacidade do presidente dos Estados Unidos implementar o Trumpnomics.

Com a recuperação do sector mineiro, o índice de referência Stoxx600 ganha 0,29% para 376,09, suportado também pelas cotadas do sector automóvel e dos media.

Em Lisboa, é o grupo EDP que sustenta a subida do PSI-20, depois de a casa-mãe ter lançado uma OPA sobre a EDP Renováveis. Esta segunda-feira, após o fecho do mercado, a EDP anunciou a intenção de avançar para a compra dos 22,5% da EDP Renováveis que estão nas mãos dos accionistas minoritários, com uma oferta de 6,80 euros por acção.

Numa nota de análise divulgada esta terça-feira, os analistas do Haitong referem que "o preço oferecido pela EDP não reflecte completamente o valor subjacente dos activos da EDP Renováveis (mesmo a 6,8 euros por acção o potencial de subida face ao nosso preço-alvo de 7,9 euros é de 16%) e um prémio de 10% face à média dos últimos seis meses reflecte o preço da acção deprimido no período e não é um grande prémio." Ou seja, "os fundamentais aconselhariam contra a venda agora", salienta o analista Jorge Guimarães.

Em reacção ao anúncio da OPA, as acções da EDP Renováveis disparam 9,32% para 6,851 euros, depois de terem chegado a ganhar 10,42% para 6,92 euros, o valor mais alto desde 28 de Outubro de 2016. Já a EDP valoriza 4,98% para 3,079 euros, após ter tocado nos 3,093 euros, o valor mais elevado desde Agosto.

A contribuir para os ganhos do PSI-20 estão também o BCP, a Galp Energia e a Sonae. Depois de ter subido mais de 4,5% na sessão de ontem, o banco liderado por Nuno Amado avança 3,05% para 18,59 cêntimos, um máximo de 5 de Janeiro. Com esta valorização, o BCP já está positivo no ano, com um ganho 0,73%.

As acções da instituição continuam a beneficiar da nota de análise emitida pelo CaixaBI na semana passada, em que os analistas atribuíram aos títulos um potencial de valorização em torno de 50% e a recomendação de "comprar".

A Galp Energia, por seu lado, soma 1,72% para 13,63 euros, enquanto a Sonae valoriza 2,25% para 91 cêntimos. Ainda no retalho, a Jerónimo Martins sobe 0,09% para 15,985 euros.

Do lado das descidas, a Mota-Engil perde 0,06% para 1,745 depois de ter anunciado que registou lucros de 50 milhões de euros em 2016, o que compara com os 19 milhões apurados no ano anterior.  

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