Notícia
PSI-20 afunda mais de 8% para mínimo de 2016. Galp chegou a cair 25%
A bolsa nacional arrancou em terreno negativo numa altura em que a queda abrupta da cotação do barril está a contagiar todos os mercados. As ações da Galp Energia chegaram a afundar 25%.
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O choque do mercado petrolífero está a espalhar-se em todos os cantos dos mercados financeiros, chegando também ao PSI-20. Depois de uma abertura tumultuosa, o principal índice da bolsa nacional atingiu uma queda de 8,19% para os 4.288,98 pontos, marcando perdas em linha com o registado nas praças europeias.
Esta desvalorização representa a queda intradiária mais forte desde o referendo do Brexit e atirou o índice português também para o nível mais baixo desde 24 de junho de 2016. Nessa sessão marcada pela decisão dos britânicos em saírem da União Europeia, o PSI-20 chegou a afundar 10,97%.
Uma hora depois da abertura da sessão, o PSI-20 segue com quedas menos agressivas (-5,79% para 4.401,15 pontos), mas com todas as cotadas do índice em terreno negativo. São 11 as cotadas do índice que atingiram mínimos de pelo menos um ano.
A Galp Energia desliza 13,03% para 9,984 euros. Ainda assim bem acima do mínimo desde setembro de 2015 que atingiu logo após a abertura, quando chegou a cair 25% para 8,63 euros.
O BCP desvaloriza 7,77% para 0,1306 euros, mas também já chegou a marcar quedas mais violentas. As ações do banco chegaram a cair 13% para atingirem um mínimo histórico nos 0,12 euros.
11 das cotadas portuguesas desvalorizam mais de 5%, destacando-se pela negativa ações como a Sonae Capital (-12,4%), Altri (-9,7%) e Mota-Engil (-7,8%).
Os futuros dos índices europeus também apontam para quedas expressivas com o Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, a ser penalizado principalmente pelo setor energético, o do turismo e do lazer. O índice europeu de referência afunda 6,87% para 341,59 pontos e já acumula perdas de 17,87% este ano. O germânico Dax30 cai 7,4% e o FTSE 100 afunda 8,31%.
"Na pré-abertura, os índices europeus ensaiavam com perdas muito acentuadas, explicadas pela queda de 25% do crude nos mercados asiáticos", referem os analistas do BPI no comentário de bolsa, assinalando que este acontecimento " poderá agravar a atual conjuntura bolsista".
Em causa está a decisão da Arábia Saudita de iniciar uma "guerra de preços" no mercado petrolífero que lançou o caos nos mercados durante este domingo. A reação mais imediata foi a maior descida do petróleo em quase 30 anos, mas as ações e outras matérias-primas também estão a sofrer quedas violentas, com os investidores a darem sinais de pânico.
Neste momento, o WTI (Nova Iorque) desce 27,23% para 30,04 dólares e o Brent (Londres) afunda 25,43% para 33,76 dólares, negociando no nível mais baixo desde fevereiro de 2016. O barril negociado em Londres chegou a cair mais de 31% para 30,02 dólares, sofrendo a maior queda desde que os Estados Unidos invadiram o Iraque em 1991.
A descida do petróleo afeta mais diretamente as petrolíferas, como é o caso da Galp Energia, e cotadas ligadas ao setor energético, mas o "sell off" está a ser transversal. Os investidores continuam a refugiar-se nas obrigações, com a taxa da dívida norte-americana a 10 anos a ficar abaixo dos 0,5% pela primeira vez.
Esta turbulência no mercado petrolífero junta-se à grande incerteza criada pela propagação do novo coronavírus, o qual terá impactos económicos que ainda são desconhecidos. Itália, que se tornou o segundo país mais afetado pelo Covid-19, tomou medidas mais drásticas de contenção, intensificando as preocupações dos investidores em relação à resiliência da economia europeia.
(Notícia atualizada pela última vez às 9:20)
Esta desvalorização representa a queda intradiária mais forte desde o referendo do Brexit e atirou o índice português também para o nível mais baixo desde 24 de junho de 2016. Nessa sessão marcada pela decisão dos britânicos em saírem da União Europeia, o PSI-20 chegou a afundar 10,97%.
A Galp Energia desliza 13,03% para 9,984 euros. Ainda assim bem acima do mínimo desde setembro de 2015 que atingiu logo após a abertura, quando chegou a cair 25% para 8,63 euros.
O BCP desvaloriza 7,77% para 0,1306 euros, mas também já chegou a marcar quedas mais violentas. As ações do banco chegaram a cair 13% para atingirem um mínimo histórico nos 0,12 euros.
11 das cotadas portuguesas desvalorizam mais de 5%, destacando-se pela negativa ações como a Sonae Capital (-12,4%), Altri (-9,7%) e Mota-Engil (-7,8%).
Os futuros dos índices europeus também apontam para quedas expressivas com o Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, a ser penalizado principalmente pelo setor energético, o do turismo e do lazer. O índice europeu de referência afunda 6,87% para 341,59 pontos e já acumula perdas de 17,87% este ano. O germânico Dax30 cai 7,4% e o FTSE 100 afunda 8,31%.
"Na pré-abertura, os índices europeus ensaiavam com perdas muito acentuadas, explicadas pela queda de 25% do crude nos mercados asiáticos", referem os analistas do BPI no comentário de bolsa, assinalando que este acontecimento " poderá agravar a atual conjuntura bolsista".
Em causa está a decisão da Arábia Saudita de iniciar uma "guerra de preços" no mercado petrolífero que lançou o caos nos mercados durante este domingo. A reação mais imediata foi a maior descida do petróleo em quase 30 anos, mas as ações e outras matérias-primas também estão a sofrer quedas violentas, com os investidores a darem sinais de pânico.
Neste momento, o WTI (Nova Iorque) desce 27,23% para 30,04 dólares e o Brent (Londres) afunda 25,43% para 33,76 dólares, negociando no nível mais baixo desde fevereiro de 2016. O barril negociado em Londres chegou a cair mais de 31% para 30,02 dólares, sofrendo a maior queda desde que os Estados Unidos invadiram o Iraque em 1991.
A descida do petróleo afeta mais diretamente as petrolíferas, como é o caso da Galp Energia, e cotadas ligadas ao setor energético, mas o "sell off" está a ser transversal. Os investidores continuam a refugiar-se nas obrigações, com a taxa da dívida norte-americana a 10 anos a ficar abaixo dos 0,5% pela primeira vez.
Esta turbulência no mercado petrolífero junta-se à grande incerteza criada pela propagação do novo coronavírus, o qual terá impactos económicos que ainda são desconhecidos. Itália, que se tornou o segundo país mais afetado pelo Covid-19, tomou medidas mais drásticas de contenção, intensificando as preocupações dos investidores em relação à resiliência da economia europeia.
(Notícia atualizada pela última vez às 9:20)