Notícia
PT SGPS registou a maior queda semanal de sempre ao afundar 28%
A semana da PT SGPS foi marcada pelo Oi a anunciar o cancelamento da política de dividendos aos seus accionistas. Ficou também a saber-se que a PT pode vir a incorrer numa coima de 25 mil a cinco milhões de euros aplicada pelo regulador de mercado.
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A PT SGPS registou a maior queda semanal de sempre ao afundar 28,38%. Este foi o maior tombo semanal desde que a cotada iniciou a negociação na bolsa de Lisboa em 1995.
A companhia fechou a sessão desta sexta-feira, 30 de Janeiro, a cair 7,75% para 63,1 cêntimos.
O cenário também é negativo no outro lado do Atlântico para a brasileira Oi, detida em 39% pela PT SGPS. A Oi está a cair 7,53% para 5,16 reais na bolsa de São Paulo.
Desde o início da semana que a Oi já recuou 26,39%. Com a actual queda, a cotada encaminha-se também para a maior queda semanal de sempre.
A queda das duas cotadas acontece depois da brasileira Oi ter anunciado ontem o cancelamento da política de dividendos aos seus accionistas. O acordo em vigor previa a distribuição de 500 milhões de reais ao longo de 2014, 2015 e 2016.
Foi também esta semana que se ficou a saber que a PT SGPS pode vir a incorrer numa coima de 25 mil a cinco milhões de euros aplicada pelo regulador de bolsa. Isto pode acontecer se a CMVM (Comissão do Mercado de Valores Mobiliários) chegar à conclusão que a empresa não prestou informações "completas, verídicas, actuais, claras, objectivas e lícitas" no que respeita às aplicações financeiras que subscreveu junto do Banco Espírito Santo de aplicações financeiras do Grupo Espírito Santo (GES).
Segundo uma auditoria da consultora PwC, a PT SGPS poderá vir a incorrer numa contra-ordenação muito grave. O processo continua a ser avaliado pela CMVM. O relatório da PwC inclui uma análise jurídica feita pelo escritório de Rogério Alves que conclui que a PT endividou-se para subscrever aplicações financeiras do Grupo Espírito Santo.
A semana teve início com os detentores de obrigações da Oi a darem luz verde à venda da PT Portugal à Altice no valor de 7,4 mil milhões de euros.
A companhia brasileira comprometeu-se também a utilizar a totalidade do encaixe da operação "exclusivamente para o pagamento de suas dívidas e/ou para a realização de operações societárias que tenham como objectivo a consolidação do sector de telecomunicações no Brasil, inclusive aquisição de participações em outras operadoras de telefonia móvel".
(Notícia actualizada às 16h50 com os valores actualizadas após o fecho da bolsa de Lisboa)