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Repescada a Mark Twain, os principais operadores do sector das telecomunicações aproveitam a frase do escritor para a sua própria indústria. E dizem: "as notícias sobre a morte da PT são muito exageradas".
Num encontro com os directores de marketing da PT Portugal, Nos e Vodafone, cuja regra assumida pelo Negócios foi a de citar a conversa sem atribuir as declarações, a situação da PT Portugal não podia ficar de fora. Afinal, já, então, em Novembro de 2014, se antecipava que fosse o próximo movimento de consolidação do mercado. E a venda à Altice ainda nem tinha sido aprovada pelos accionistas da PT SGPS.
Os investimentos da PT Portugal estão feitos, a operação continua no terreno e a empresa até assume que tem conquistado quota de mercado. Um parêntesis para realçar que, no entanto, todos os operadores dizem ganhar posição junto dos consumidores. "Não percebo como é que todos crescemos quota de mercado", desabafa um dos responsáveis, salientando que o segmento da televisão por subscrição já não tem espaço para crescer muito mais. "O crescimento vai abrandar", o que vai levar os operadores a apostarem mais na fidelização e qualidade do serviço do que na conquista de novos clientes. A proximidade à marca será, aqui, determinante, já que "quanto mais próximo da marca estiver, menor é a vontade de sair e maior a capacidade de perdoar".
Parêntesis fechado, a conversa à volta da PT continua. A diferença que vai existir na PT Portugal é apenas de accionista. Vai ter um novo dono. Mas os planos para 2015 não foram feitos a pensar nessa mudança.