Os investidores reagiram de forma negativa às novidades que os CTT anunciaram no Capital Markets Day, com as acções a fecharam o dia com uma desvalorização de 5,53%, o que corresponde à quebra mais acentuada desde 5 de Novembro, quando afundaram perto de 10% em reacção aos resultados trimestrais.

As acções fecharam a valer 8,551 euros, a cotação mais baixa desde 21 de Janeiro, depois de a empresa ter anunciado várias novidades no Dia do Investidores, sobretudo no que diz respeito à política de dividendos e à aposta no sector financeiro, com a abertura do Banco CTT.

Os CTT vão propor pagar um dividendo de pelo menos 0,47 euros por acção referentes a 2015, totalizando 70,5 milhões de euros, segundo a apresentação feita esta quinta-feira a investidores e analistas.

Este valor corresponde a um "dividend yield" de 5,2% face à actual cotação e representa um aumento face aos 0,465 pagos no ano passado.

Neste Dia do Investidor, os CTT também revelaram mais novidades sobre a mais recente aposta da cotada. Os Correios têm planos para expandir o Banco CTT a 202 lojas até 2016, número que deverá aumentar para 604 em 2018, sendo que no prazo a 10 anos estimam ter até 10% da quota de mercado no segmento de contas correntes.

Em declarações aos jornalistas no Dia do Investidor, Francisco de Lacerda, CEO dos CTT, afirmou que os produtos do IGCP vendidos aos balcões dos CTT não vão integrar as ofertas do novo banco dos Correios. E também que os CTT "não fazem questão de manter 100% do capital" do Banco CTT "para sempre".

A queda de hoje das acções acentuou o movimento negativo dos CTT nos últimos dias. Desde que apresentou resultados a 4 de Novembro as acções já perdem 17,8%. No acumulado do ano o ganho é agora de 6,66%.