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O que esperar do Banco CTT?
Contas-ordenado e para pensionistas e produtos de crédito ao consumo e de habitação são algumas das ofertas que os Correios vão disponibilizar aos balcões do Banco CTT. A ideia é oferecer "produtos que as pessoas precisam no seu dia-a-dia", segundo Luís Pereira Coutinho, CEO do banco.
O Banco CTT, o novo projecto financeiro dos Correios cujo projecto-piloto arranca no dia 27 de Novembro, tem como objectivo "cobrir várias franjas do segmento de mercado", disse Francisco de Lacerda, presidente dos CTT, durante a apresentação da marca Banco CTT esta querta-feira, 18 de Novembro.
"A ideia é estar presente no dia-a-dia das pessoas" e "nada de produtos complexos", explicou Luís Pereira Coutinho, presidente executivo do Banco CTT.
A nova instituição vai ter ofertas "simples, a preços acessíveis e que são verdadeiramente produtos que as pessoas precisam no seu dia-a-dia, sem ficarem com preocupações sobre se entendem ou não os produtos que vão ser disponibilizados", acrescentou.
Nos balcões do Banco CTT vai ser possível efectuar operações normais, como transferências bancárias, mas também abrir contas-ordenado ou com condições especiais para pensionistas. Operações que poderão ser realizadas nos espaços físicos, aos balcões da rede de lojas dos Correios, mas também online, através das aplicações digitais do Banco CTT.
Além disso, "vamos ter uma grande oferta de produtos de poupança com muita flexibilidade e uma oferta alargada de cartões de débito pré-pagos, crédito pessoal e credito à habitação", adiantou o presidente executivo do Banco CTT.
Na rubrica do crédito ao consumo, os CTT vão continuar a trabalhar em parceria com Banco BNP Paribas Personal Finance, conhecido por Cetelem, tendo assinado um acordo em 2014, válido por cinco anos.
Quanto ao público-alvo, será "universal, desde as avós aos netos", disse Luís Pereira Coutinho, confessando que as expectativas são positivas.
De acordo com os números avançados pelos Correios, os CTT têm cerca de 3,7 milhões de clientes na área financeira, e a ideia passa por fazer "cross selling" dos produtos do banco.
"As pessoas vão aos CTT porque confiam. Aos balcões dos outros bancos, é uma relação mais intimidante", acrescentou.
Já Francisco de Lacerda confessa que "gostamos de pensar que o Banco CTT não é só mais um banco. Tem características particulares dado o ser lançado em cima do que já existe dos CTT, quer em termos da presença física, quer em termos das pessoas quer em termos do hábito da população portuguesa de trabalhar com os CTT".
No entanto, sublinhou que "não vamos competir pelo preço, não é esse o nosso objectivo. Vamos ser competitivos. A diferença virá de outros factores, como a proximidade com os clientes e a simplicidade", detalhou.
O novo projecto financeiro dos CTT vai arrancar em "soft opening". Mas até ao final do primeiro trimestre de 2016 o objectivo dos Correios é acelerar abertura dos balcões do banco, para o público em geral, contando estar presente em pelo menos 50 lojas distribuídas de Norte a Sul do país.
A expansão do banco para outros mercados não faz parte dos planos do grupo, segundo Francisco de Lacerda.
O modelo de abertura dos balcões vai ser feito através de três modalidades: nas lojas maiores o grupo vai disponibilizar um espaço próprio para o Banco CTT, nas intermédias não haverá balcões dedicados às actividades do banco e nas mais pequenas os balcões serão multifuncionais.