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"Banco CTT não é um banco de nicho, é um banco nacional"

O presidente executivo do Banco CTT, Luís Pereira Coutinho, considera que há espaço para uma nova instituição financeira no mercado nacional. Hoje os CTT têm 3,7 milhões de clientes de produtos financeiros, por isso “a ambição vai ser significativa”.

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No dia 27 de Novembro os CTT vão abrir o primeiro balcão do Banco CTT, mas só para colaboradores do grupo. Esta data marca a concretização de uma "ambição muito antiga dos CTT. Já se ouviu falar no banco postal durante décadas. E esta é uma peça-chave de uma das nossas áreas de negócio", disse Francisco de Lacerda, presidente dos CTT, durante a apresentação da marca Banco CTT, esta quarta-feira, 18 de Novembro.

A partir desta data, os planos passam por abrir mais balcões em pelo menos 50 lojas em todo o país até ao primeiro trimestre de 2016, acessíveis para todos os clientes. A distribuição geográfica destes espaços, "será razoavelmente homogénea, mas obviamente escolheremos as principais lojas" do grupo, ou seja, com maior afluência, adiantou Luís Pereira Coutinho, o nome escolhido pelos CTT, que deste 2014 são 100% privados, para liderar o banco postal.

Questionados sobre o motivo que levou os CTT, uma marca considerada de confiança pelos portugueses, a apostar num sector que actualmente não tem muito boa reputação, Francisco de Lacerda comentou que se tratou "de um passo que nos parece fazer sentido", dado a actual oferta financeira que os Correios já disponibilizam. "Vamos ver se conseguimos contribuir para a melhorar [má fama da banca]", acrescentou.

O nascimento de um novo banco num momento em que o sector em Portugal está a inclinar-se para movimentação de fusões e aquisições e em que a rentabilidade da banca é limitada não preocupa os Correios. Apesar do presidente dos CTT admitir que "pareça contraditório", explica que no caso do Banco CTT "as nossas lojas já existem, por causa do correio. Muda não só a lógica mas a relação custo/benefício".

Quanto às críticas que do presidente do Santander Totta, Vieira Monteiro, que considerou "grave" aparecimento de uma entidade sobretudo ao crédito ao consumo, Francisco de Lacerda comentou apenas que "o Banco CTT fará obviamente uma actividade competitiva, pensamos que vai ser proactivo em competitividade, mas com responsabilidade e dentro do que é normal dentro do que é normal nos padrões de responsabilidade e gestão de risco que uma organização como os CTT tem de pautar a sua conduta".

Já Luís Pereira Coutinho, sublinha que o Banco CTT não representa "de maneira nenhuma" um perigo para a banca. "O Banco CTT vai preencher um espaço que existe. Os bancos têm todos subido muito nos segmentos e estão cada vez mais nos segmentos mais altos. O Banco CTT vem preencher aqui um espaço que existe para todas as pessoas que estão interessadas num banco com características de simplicidade, de eficiência, de proximidade e também de preços acessíveis".

Durante a apresentação, o CEO do Banco CTT explicou ainda que "o banco é universal, para avós e netos". "Não é um banco de nicho. É um banco nacional para todos os portugueses". Sublinhou. Por isso, a ambição de angariação de clientes "vai ser significativa".

Hoje, os CTT têm cerca de 3,7 milhões de clientes de produtos financeiros. Agora, com a abertura do Banco CTT, o objectivo passa por fazer "cross selling" dos produtos do banco.

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