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Cronologia: De cortes de juros à injecção na bolsa, tudo para travar a queda de Xangai

A China está, desde o final do ano passado, a tentar estimular a economia. Tem realizado vários cortes de juros, mas os receios dos investidores quanto à “saúde” da segunda maior economia do mundo ditaram fortes quedas na bolsa. Um colapso que obrigou a novas medidas, mas também levou a uma “caça às bruxas”. Veja o “rol” dos acontecimentos.

Bloomberg
05 de Setembro de 2015 às 10:05
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21 Novembro 2014 - Banco central chinês anuncia um corte nas taxas de juro.

28 Dezembro de 2014 – A China volta a aligeirar as reservas que exige ao sistema financeiro do país, permitindo assim que os bancos aumentem a concessão de crédito à economia.


22 Janeiro - Banco central injecta liquidez para fazer face à procura de capitais antes do Novo Ano chinês.


4 Fevereiro - Mais um suavizar nas reservas exigidas aos bancos.


28 Fevereiro - Corte nas taxas de juro, o segundo no espaço de pouco mais de três meses.


8 Março - China revela plano de trocar dívida pública local por obrigações de custos baixos.


19 Abril - Novo suavizar das reservas definidas para a banca.


10 Maio – Depois da descida no final de Fevereiro, a China volta a cortar as taxas de juro no arranque de Maio.


10 Junho – O MSCI recusa integrar as acções chinesas de categoria A no seu índice global, contrariando a espectativa que fomentou uma forte valorização dos títulos desde o início do ano.


24 Junho - Reservas bancárias novamente suavizadas.


27 Junho – China corta novamente as taxas de juro. Determina o montante de dinheiro que alguns bancos devem manter em reserva, visto como forma de suster a queda nos mercados de capitais.


29 Junho - China autoriza os gestores de fundos de pensões geridos por governos locais a investirem no mercado accionista, o que acontece pela primeira vez, potenciando o investimento de 1 bilião de yuan (160 mil milhões de dólares) na bolsa.


1 Julho - Depois do fecho do mercado, as bolsas de Xangai e Shenzhen anunciam planos para diminuir as comissões de transacções em 30% a partir de Agosto.


5 Julho - Suspensas novas dispersões de capitais na bolsa chinesa. Arranque do fundo de estabilização bolsista com um valor que poderá ascender a 444 mil milhões de dólares.


8 Julho – Após a recuperação do mercado accionista, suportado da injecção de liquidez definida pelo governo, a bolsa volta a quebrar. São anunciados aumentos nas margens exigidas para apostar na queda dos títulos das pequenas e médias capitalizações, procurando dissuadir os investidores a fazê-lo.


24 Julho – Bolsa de Xangai sofre novo rombo. O índice de referência cai 8,48%. Registou a maior queda desde 2007, com os investidores a temerem que as medidas adoptadas pelo governo para travar as fortes quedas recentes do mercado poderão não ser suficientes para evitar uma desvalorização dos títulos. Isto numa altura em que se especula sobre a debilidade da economia do país.


31 Julho – A Comissão Chinesa de Regulação dos Mercados Financeiros revela que cancelou um total de 24 contas de negociação na bolsa chinesa por suspeita de irregularidades.


11 AgostoChina avança com a desvalorização do yuan. Permitiu à divisa registar a maior depreciação em mais de 20 anos. A quebra de valor da moeda prosseguiu durante três sessões, recuando quase 3% face ao dólar, no acumulado.


21 AgostoRevelado que o índice PMI da China, que mede a actividade da indústria, caiu para o nível mais baixo desde 2009. Aumentam os receios quanto ao ritmo da segunda maior economia do mundo, colocando pressão no mercado accionista do país.


24 Agosto - Segunda-feira negra em Xangai. Bolsa desce 8,5%, pintando de vermelho os ecrãs de negociação um pouco por todo o mundo. A tendência de queda acentuou-se nos dias seguintes, levando o índice chinês a acumular uma queda de 43,34% face ao máximo em meados de Junho.


25 Agosto -Banco central chinês desce taxas de juro pela quinta vez em nove meses.


26 Agosto – Reguladores e as forças policiais aprofundam as investigações por suspeita de violação das regras de negociação e a produção de informação falsa de forma a influenciar o desempenho dos mercados.


28 Agosto – A bolsa de Xangai sobe 4,8%, depois de já ter ganho 5,3% na sessão anterior, com a especulação em torno de medidas governamentais no sentido de puxar pelo mercado de capitais.


29–30 Agosto – Durante o fim-de-semana foram detidas seis pessoas, entre as quais quatro executivos da Citic Securities, a maior corretora chinesa. Segundo a agência de informação estatal, os quatro executivos confessaram práticas de "inside trading" (uso de informação privilegiada). Foram convocados responsáveis de 19 de empresas de corretagem e de associações industriais. Entre os interrogados encontram-se oito gestores do Citic Securities, dois membros da Comissão Chinesa de Regulação dos Mercados Financeiros e um jornalista de economia da revista Caijing, suspeito de fabricar e disseminar informação falsa. A Comissão Chinesa de Regulação dos Mercados Financeiros desmentiu a informação e considerou o artigo "irresponsável".


31 Agosto – A China pôs fim ao programa de compra de acções em grande quantidade para recuperar a bolsa. Uma "equipa nacional" de instituições e fundos de investimento – a China Securities Finance Corp - actuou no mercado, gastando mais de 200 mil milhões de dólares.


1 Setembro - Comunicado conjunto de quatro reguladores do país "encoraja" as empresas a implementarem políticas agressivas de remuneração para atraírem os investidores. Dividendos, recompras de acções e até fusões e aquisições, são as "armas" defendidas neste documento.E neste dia é anunciado mais um indicador económico: O índice que mede a actividade do sector industrial da China voltou a recuar em Agosto, atingindo mesmo o nível mais baixo dos últimos três anos.


3–4 SetembroBolsas fechadas por altura do 70.º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial, comemoração que levou o governo a decretar feriado nacional e a agendar uma parada militar na Praça de Tiananmen.


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