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Bolsa de Xangai abre a subir 0,16%

A principal praça bolsista chinesa abriu a semana em terreno positivo, depois de ter estado encerrada na quinta e na sexta-feira devido às comemorações do 70º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial.

Reuters
07 de Setembro de 2015 às 02:45
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O índice compósito de Xangai abriu a sessão desta segunda-feira a ganhar 0,16% para 3.165 pontos, depois de na passada quarta-feira – nos dois dias seguintes a bolsa esteve encerrada – ter fechado a recuar 0,20% para 3.160,167 pontos.

Isto no dia em que a China reviu em baixa o crescimento do seu PIB de 2014. Na última projecção, apontava para um crescimento de 7,4% e hoje avança com uma estimativa de 7,3%.

 

Por seu lado, o índice CSI 300, que agrupa 300 acções de classe A das bolsas de Shangai e de Shenzhen, disparou 8% na abertura.

 

Já o índice Hang Seng (da bolsa de Honk Kong) para as empresas chinesas segue em alta de 2,3%. Entre os melhores desempenhos estão os títulos da Guangzhou Auto (+4,9%), China Life Insurance (+4,8%) e China Vanke (+4,6%).

 

As estimativas apontavam para que a bolsa de Xangai abrisse a ceder em torno de 0,3% - na negociação dos futuros, em Singapura, tinha estado a cair 0,8% - mas acabaram por estrear a semana em alta.

 

A bolsa de Xangai afundou 39% desde 12 de Junho, data em que tinha atingido o nível mais alto de sete anos e altura em que valorizava 150% no acumulado do ano. Com este movimento de perdas, foram "varridos" da bolsa chinesa cerca de cinco biliões de dólares em valor accionista. Este "crash" rapidamente se estendeu ao resto do mundo, que receia as implicações do abrandamento económico na China.

 

As autoridades chinesas intervieram várias vezes para impedir uma queda livre da Bolsa de Xangai. Os 20 países mais desenvolvidos do mundo, que estiveram reunidos na sexta-feira e no sábado em Ancara, capital da Turquia, apoiaram as políticas que o Governo chinês está a aplicar para estabilizar a economia. O ministro chinês das Finanças, Lou Jiwei, e o governador do banco central, Zhou Xiaochuan,  mostraram-se convencidos que o objectivo da estabilização financeira foi atingido, garantiram que não há uma tendência de desvalorização a longo prazo e disseram que estão a preparar-se para adoptar medidas de estímulo orçamental.

No entanto, muitos investidores estão convictos de que as acções chinesas ainda não bateram no fundo. Mark Mobius, Tom DeMark e George Magnus, três analistas com formas diferentes de encarar os mercados, estão todos de acordo nesta questão: o mercado accionista da China pode perder ainda mais terreno. Em declarações à Bloomberg, afirmaram também que os esforços do governo chinês para impulsionar o mercado são inúteis.

 

"Deixem de combater o mercado e deixem a bolsa cair", defende Mobius, gestor de activos da Franklin Resources e que investe há mais de 40 anos nos mercados emergentes. "Espero que o governo reduza a sua intervenção. Eles já perceberam que não está a funcionar", disse à Bloomberg.

 

Na opinião de DeMark, que há mais de quatro décadas que desenvolve indicadores para identificar pontos de viragem nas bolsas, o índice de Xangai irá provavelmente cair mais 18% para 2.590 pontos até atingir um "fundo".

 

Já Magnus, conselheiro económico independente do UBS Group, considera que o governo chinês tem de permitir que o índice bolsista de referência caia mais, para um intervalo entre 2.500 a 2.800 pontos.

(notícia actualizada às 02h53)

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