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Shein e Temu deslocalizam produtores e fornecedores para evitar tarifas

A decisão das gigantes chinesas do retalho online surge perante o risco de Trump eliminar a isenção fiscal para as embalagens de baixo valor provenientes da China. As empresas estarão a apostar na deslocalização dos fornecedores e produtores para o Sudeste Asiático.

Suzanne Plunkett/Reuters
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Gigantes chinesas do retalho online, como a Temu e a Shein, estão a apostar na deslocalização dos seus fornecedores e distribuidores para outras regiões do Sudeste Asiático, como por exemplo o Vietname. A decisão surge perante o risco de Donald Trump, Presidente dos Estados Unidos (EUA), eliminar a isenção fiscal para as embalagens de baixo valor provenientes da China, de acordo com o jornal espanhol El Economista.

A Shein já estará a pedir a muitos dos seus principais fornecedores de vestuário na China que transfiram mais produção para o Vietname. Para tal, a empresa terá anunciado uma série de incentivos, que incluem preços de compra mais elevados a esses fornecedores.

Em concreto, a empresa estará a oferecer-se para pagar 15% a 30% mais aos seus principais fornecedores chineses para abrirem novas linhas de produção no Vietname, avança a Bloomberg.

No que toca à logística, a Shein ofereceu-se ainda para ajudar a construir as instalações para os seus fornecedores se localizarem no país do Sudeste Asiático e ainda a transportar o tecido utilizado para a confeção de vestuário da China para o Vietname.

No entanto, a Shein, com sede em Singapura, negou ter implementado iniciativas de deslocalização da produção.

no caso da Temu, a empresa pressionou os seus fornecedores pedindo que armazenem "stocks" nos armazéns norte-americanos, de forma a minimizar o impacto de uma eventual eliminação da isenção fiscal para as embalagens de baixo valor provenientes da China por parte da Administração norte-americana.

Um relatório da Câmara dos Representantes dos EUA sobre a China, publicado em 2023 e citado pelo El Economista, concluiu que a Shein e a Temu eram responsáveis por mais de 30% dos pacotes que entravam diariamente nos EUA.

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