A chinesa Cosco melhorou a proposta para ficar com a maioria do Porto de Pireu, na Grécia, oferecendo agora 402 milhões de dólares (368,9 milhões de euros).

A empresa sediada em Hong Kong fica assim mais próxima de chegar a um acordo com o Governo grego para assumir uma posição de 67% na maior estrutura portuária do país.

Na semana passada, o fundo de privatizações grego já havia confirmado que a Cosco tinha sido a única proponente a fazer uma oferta pelo porto e que a convidara a subir a parada. Segundo duas fontes citadas pela Reuters, mas não identificadas, o montante inicialmente oferecido rondaria os 300 milhões de euros.

A nova oferta divulgada na quarta-feira coloca o preço por acção nos 22 euros, um prémio de 69,8% face ao valor de fecho de ontem, que foi de 12,95 euros.

Desde 2009 que a Cosco tem a concessão de dois dos três terminais de contentores em Pireu, num contrato de 35 anos.

A operação agora em análise prevê que o grupo estatal chinês fique para já com 51% da infra-estrutura. Deverá assumir os restantes 16% assim que conclua os investimentos que está obrigado a fazer na infra-estrutura nos próximos anos e que rondam os 350 milhões de euros.

A concretizar-se, esta será a segunda maior privatização protagonizada pelo executivo de Alexis Tsipras, que tinha decidido interromper a venda de activos públicos depois de vencer as eleições de Janeiro de 2015, mas foi obrigado a retomar o processo no âmbito do terceiro resgate internacional à Grécia.

Em Dezembro, o Estado entregou a gestão de 14 aeroportos regionais à alemã Fraport, por 1,2 mil milhões de euros.

Desde 2010, com os sucessivos programas de ajudas externas, que as privatizações têm estado em cima da mesa dos governos gregos, rendendo até agora 3,5 mil milhões de euros.