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Pedro Nuno Santos: Plano de reestruturação faz “o striptease” da TAP

O ministro justificou a não entrega no Parlamento do draft do plano de reestruturação entregue a Bruxelas com o facto de conter “matéria da máxima sensibilidade para o negócio da TAP e para os seus concorrentes”.

Lusa
15 de Dezembro de 2020 às 16:05
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O ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, afirmou esta terça-feira no Parlamento que a primeira versão do plano de reestruturação da TAP entregue na semana passada a Bruxelas é "um documento que faz o ‘striptease’ da empresa".

Ou seja, é "feita a escalpelização da empresa e explanação da estratégia comercial", o que "é matéria da máxima sensibilidade para o negócio da TAP e para os seus concorrentes".

O ministro justificou assim o facto de não ter enviado este "draft" à Assembleia da República, salientando que "o plano não está fechado" e a "interação com a Comissão Europeia iniciou-se agora".

Ainda assim, frisou, o Parlamento "teve antecipadamente mais informação" sobre o mais relevante do plano de reestruturação da companhia aérea.

Pedro Nuno Santos voltou a assumir que "gostava que viesse ao Parlamento", mas "não foi essa a decisão do governo, nem é essa a vontade dos partidos".

Questionado sobre as afirmações que fez há uns meses de que os despedimentos não eram inevitáveis, Pedro Nuno Santos explicou que "a situação e a conjuntura internacional foi-se degradando e a IATA foi revendo as previsões em baixa".

O ministro assumiu assim que a solução pode vir a ter de passar por um despedimento coletivo, frisando que a intenção do Executivo é "salvar a TAP".

"Ou conseguimos a reestruturação ou não vamos salvar um único posto de trabalho", afirmou, acrescentando que "não é com gosto que façamos o que temos de fazer, mas com sentido de emissão que a TAP ou é redimensionada ou não vai sobreviver, nem hoje nem daqui a cinco anos".

Pedro Nuno Santos assegurou ainda que "as propostas dos trabalhadores continuam a ser consideradas", mas lembrou que "o contexto é muito apertado, com poucos graus de liberdade na reestruturação dos custos laborais que temos de fazer".

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