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Pedro Nuno Santos: “David Neeleman aceitou perder 169 milhões de euros”
O ministro das Infraestruturas frisou esta sexta-feira que David Neeleman “não foi o único privado do mundo que conseguiu ganhar dinheiro” e que prescindiu de 224 milhões em troca do pagamento de 55 milhões para sair da TAP.
O ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, afirmou esta sexta-feira, no início da apresentação do plano de reestruturação da TAP, que o acionista privado da companhia aérea David Neeleman "não foi o único privado do mundo que conseguiu ganhar dinheiro", mas que "aceitou perder 169 milhões de euros".
O ministro, que antes de apresentar o plano quis dar um conjunto de esclarecimentos, afirmou que "o que aconteceu foi que quando a crise pandémica precipitou a degradação muito acentuada nas contas da TAP colocou a TAP em risco sobrevivência e nesse momento o sócio privado do Estado não tinha dinheiro nem vontade de injetar na TAP".
"Se o Estado não fizesse o que fez, a TAP falia. Não houve nenhuma bravata contra o privado", frisou Pedro Nuno Santos, sublinhando que a falência "seria muito desastrosa para economia nacional e para os trabalhadores da companhia", que totalizavam 10 mil.
Sobre o pagamento de 55 milhões de euros que o Estado fez a Neeleman para sair da TAP, Pedro Nuno Santos frisou que o investidor tinha prestações acessórias no valor de 224 milhões de euros.
"No momento em que Estado fosse maioritário, o privado ia pedir os 224 milhões. O Estado iria disputar judicialmente a obrigatoriedade de entregar essas prestações. O que fizemos foi uma negociação, para evitar um litígio futuro e disputa sobre prestações acessórias", afirmou o ministro, assegurando que "Neeleman aceitou perder 169 milhões de euros".