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Pedro Nuno Santos: “A TAP cresceu demasiado depressa”
O ministro das Infraestruturas afirmou no Parlamento que o número de contratações e de aviões da TAP foram “acima do que estava no plano estratégico acordado com o Estado”, considerando que este foi um “erro tremendo e grave” da gestão privada.
O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, afirmou esta terça-feira que "há problemas na TAP que são anteriores à gestão privada, que não foram resolvidos com a gestão privada e nalguns casos até foram agravados pela gestão privada".
Em seu entender, "a TAP cresceu demasiado depressa", sendo que "em número de contratações e de aviões foi acima do que estava no plano estratégico que foi acordado com o Estado".
Para o governante, o facto de ter crescido demasiado depressa "implicou uma travagem mais brusca do que a necessária caso não tivéssemos tido nos últimos anos um ritmo tão acelerado como foi".
Foi "um erro tremendo e grave provocado pela gestão privada a quem foi vendida a companhia no final de 2015" e que teve a seu cargo a gestão da TAP até junho passado.
Questionado sobre as perdas para credores resultantes do plano de reestruturação da TAP entregue a Bruxelas, o ministro frisou que haverá "perdas para credores", referindo-se aos "lessors", que "já assumiram este ano, mas vamos trabalhar para que assumam mais".
"Temos de tentar partilhar os esforços para salvar a TAP, e não apenas pelo Estado e trabalhadores", disse.
Pedro Nuno Santos salientou que 2018 e 2019 foram "anos de chegada massiva de aviões" para garantir que "nos próximos anos vão-se embora alguns".