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Secretária de Estado do Turismo quer TAP "forte" e com rotas de longo curso

A secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, apela a que a TAP continue a responder às necessidades do setor, "em particular nas ligações de longo curso".

16 de Dezembro de 2020 às 13:36
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A secretária de Estado do Turismo quer que a TAP se mantenha como uma companhia aérea "forte" após a reestruturação de que a empresa vai ser alvo, para que possa responder às necessidades do turismo nacional, em particular no que diz respeito às rotas de longo curso. As declarações foram feitas esta quarta-feira, 16 de dezembro, durante uma audição parlamentar.

"Na perspetiva do turismo, a TAP é um operador muito importante", começou por dizer Rita Marques na comissão parlamentar de economia, lembrando que "45% de todos os turistas que chegaram a Portugal por via aérea, em 2019, foram transportados pela TAP".

Assim, frisou, a TAP é "fundamental" para o setor. "Da perspetiva do turismo, queremos ter uma TAP forte, que possa responder as nossas necessidades, em particular nas ligações de longo curso, que são tão importantes para o turismo nacional", afirmou.

O plano de reestruturação da TAP, recorde-se, prevê a redução em cerca de 25% do número de rotas que existiam em 2019. No ano passado, a companhia aérea operava 95 rotas, para 38 países. Assim, mais de duas dezenas de rotas serão eliminadas, não sendo ainda conhecidas quais os destinos para onde a TAP deixará de voar.

Condições do Web Summit estão em "contínua revisão"

Ainda durante a audição, Rita Marques foi questionada sobre se o Governo pretende manter os apoios à organização do Web Summit, que este ano totalizaram 11 milhões de euros, apesar de o evento ter sido realizado de forma totalmente virtual, não tendo, por isso, representado qualquer retorno económico imediato.

A secretária de Estado do Turismo reconhece que "o retorno para o turismo e para Portugal, enquanto marca e nação, foi inferior" ao desejado pelo Governo, mas esclarece que os termos da organização deste evento estão em constante negociação.

"Os termos negociais estão, continuamente, a ser objeto de revisão. Esta é uma matéria que estamos continuamente a avaliar e estamos em conversa muito viva com a organização, para perceber o que nos reservam os próximos oito anos em que o evento será realizado em Lisboa".

A realização do Web Summit em Lisboa por dez anos foi acordada entre o Governo e a organização do evento em 2018. Nessa altura, ficou acordado que o evento teria um apoio de 11 milhões de euros por ano, o equivalente a um total de 110 milhões de euros. O valor deste investimento é repartido entre o Governo e a Câmara Municipal de Lisboa. Já a cláusula de rescisão do contrato é de 340 milhões de euros por cada ano não cumprido.
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