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Com um terço da hotelaria encerrada, atividade turística volta a derrapar em outubro

No mês de outubro, os estabelecimentos de alojamento turístico receberam um milhão de hóspedes, responsáveis por 2,3 milhões de dormidas, números que correspondem a quebras em torno dos 60%.

O projeto de estratégia europeia para o turismo será alvo de propostas de alteração e votado em janeiro.
João Cortesão
17 de Dezembro de 2020 às 11:11
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Os indicadores da atividade turística voltaram a acentuar as quebras em outubro, depois de um verão onde foi registada alguma recuperação. Nesse mês, quando praticamente um terço dos estabelecimentos de alojamento turístico já estavam encerrados, foram contabilizados cerca de um milhão de hóspedes e 2,3 milhões de dormidas, números que correspondem a quebras em torno dos 60%.

Os dados foram divulgados esta quinta-feira, 17 de dezembro, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e vêm confirmar as primeiras estimativas que já tinham sido divulgadas. Segundo o INE, no mês de outubro, os estabelecimentos de alojamento receberam 1.006.800 hóspedes, menos 59,7% do que no mesmo mês do ano passado, e registaram um total de 2.330.600 dormidas, uma quebra homóloga de 63,3%. Isto num mês em que 32,1% dos estabelecimentos estiveram encerrados ou não registaram qualquer movimento de hóspedes.

Ao mesmo tempo, a estada média reduziu-se em 9% neste mês, fixando-se em 2,31 noites, enquanto a taxa de ocupação derrapou 27,8 pontos percentuais, para os 20,6%.

Também os preços praticados pelos estabelecimentos de alojamento sofreram uma redução, superior a 18%, levando o rendimento médio por quarto ocupado a cair para 68,9 euros em outubro. Já os proveitos totais recueram em 67,7% e ascenderam a 126,2 milhões de euros.

Feitas as contas, no acumulado de janeiro a outubro deste ano, são contabilizados 9,66 milhões de hóspedes, responsáveis por 24 milhões de dormidas, números que correspondem a quebras de 59,4% e 61,5%, respetivamente, face a igual período do ano passado.

Já a estada média do conjunto do ano está em 2,49 noites, uma redução de 5%, enquanto a taxa de ocupação caiu em 23,6 pontos percentuais, para 26,3%.

O preço médio, no conjunto de janeiro a outubro, fixou-se em 79,8%, uma redução de 12,9%, e os proveitos totais dos estabelecimentos de alojamento turístico ascendem a 1.358 milhões de euros, uma quebra de 64,8% em relação ao mesmo período de 2019.

Alentejo resiste, residentes atenuam quebras no Algarve

Tal como tem vindo a acontecer durante o resto do ano, o Alentejo manteve-se, em outubro, como a região onde se regista o menor impacto da pandemia sobre o setor turístico. No acumulado de janeiro a outubro, foram registadas 1,7 milhões de dormidas no Alentejo, o que corresponde a uma quebra de 35,7% em relação ao período homólogo, a menos acentuada de todo o país.

Em sentido contrário, Açores, Área Metropolitana de Lisboa e Madeira mantêm-se como as regiões mais afetadas, com quebras homólogas de 71,8%, 69,9% e 66,4%, respetivamente, no número total de dormidas entre janeiro e outubro.

Considerando apenas as dormidas de residentes, as quebras são menos acentuadas e o Algarve volta a destacar-se, registando um crescimento deste indicador em outubro. Nesse mês, o Algarve registou 243 mil dormidas de residentes, um aumento de 3,7% face ao mesmo mês do ano passado - naquela que foi a única variação positiva de todo o país.

Ao todo, entre janeiro e outubro deste ano, Portugal registou 12,5 milhões de dormidas de residentes no país, o que representa uma quebra de 32,4% face a igual período do ano passado. Já as dormidas de não residentes totalizaram 11,5 milhões no mesmo período, o que equivale a uma quebra homóloga de 73,8%.

Notícia atualizada pela última vez às 11h57 com mais informação.
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