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Governo admite maiores cortes de salários na TAP para reduzir despedimentos

O governo está disponível para aceitar cortes maiores nos vencimentos dos trabalhadores da TAP, em alternativa ao despedimento, mas rejeita a possibilidade de tornar essa exceção numa regra porque, de futuro, quem for contratado terá menos ordenado e menos regalias.

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O ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, garante que o Governo está disponível para avaliar propostas que lhe cheguem dos sindicatos que representam trabalhadores da TAP como alternativas aos despedimentos previstos, que totalizam 2.000.

Em entrevista ao Negócios e Antena 1, o governante refere que recebeu já uma proposta do sindicato dos pilotos para uma maior redução salarial, face aos 25% que estão previstos no plano de reestruturação da companhia, que será avaliada.

Pedro Nuno Santos avisa, contudo, que a TAP tem de reduzir o número de efetivos porque no futuro não serão necessários e tem de cortar de forma estrutural a massa salarial para ganhar competitividade face aos seus principais concorrentes.

Quando a companhia voltar a ter necessidade de contratar, refere o ministro, os novos trabalhadores terão ordenados mais baixos e menos regalias.


Como alternativa ao despedimento, o plano de reestruturação da TAP prevê trabalho em part time, rescisão por mútuo acordo, licença sem vencimento e reformas antecipadas.

Relativamente às reformas antecipadas o ministro revelou que a medida poderá abranger apenas 200 trabalhadores, até porque "dificilmente conseguiremos ir para baixo dos 60 anos" de idade.

Pedro Nuno Santos adiantou ainda que não será necessário mudar a lei para avançar com as reformas antecipadas a partir do momento em que seja emitida a declaração em como a TAP está em situação económica difícil.

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