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Telecom Italia ainda não recebeu nenhum contacto da Oi para compra da TIM

O presidente da Telecom Italia admitiu que a empresa está “à procura de oportunidades” de negócio no Brasil, mas que estas poderão não passar necessariamente pela Oi.

14 de Outubro de 2014 às 17:43
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Na visão do presidente da Telecom Italia, Marco Patuano, os serviços convergentes (Internet, televisão, telefone fixo e telefone móvel) ainda não são uma prioridade para os brasileiros, como acontece, por exemplo em Portugal.

 

Nessa medida, o gestor acredita que a TIM tem "uma janela" de cerca de cinco anos para definir a sua estratégia e manter-se apenas como operadora móvel, adiantou Marco Patuano, em declarações à Valor.

 

De visita ao Brasil, Marco Patuano confirmou que a empresa contratou a Mediabanca, o Citigroup e o Bradesco para encontrar oportunidades de negócio, no entanto "não significa formular uma oferta pela Oi".

 

Patuano, citado pela mesma fonte,  disse "que ainda não recebeu qualquer contacto directo do BTG ou da Oi, bem como o seu grupo não teria recebido dos bancos que o representam um aconselhamento que resultasse em uma proposta de negócio".

 

"Acho curioso se falar publicamente [sobre uma oferta da Oi pela TIM] muito antes de ter uma possibilidade concreta de fazer alguma coisa", disse o executivo. "A Telecom Italia não está buscando uma oferta. Começamos a investir no Brasil em 1998 e já investimos mais de 8 mil milhões de euros no país."

 

Para Marco Patuano era importante que o futuro financeiro e político da Oi se clarificasse, não esquecendo o valor da dívida da operadora brasileira parceira da Portugal Telecom, que ultrapassa os 46 mil milhões de reais.

 

"A TIM tem uma plano industrial orgânico e é o único que estamos considerando.", acrescentou, apesar de confirmar que procura oportunidades de negócio.

 

A Telecom Italia continua a considerar "estratégico" o seu activo brasileiro. Ao contrário do que aconteceu na Argentina, onde a empresa vendeu a sua participação de 22,7% na Telecom Argentina para o grupo Fintech, negócio que será concluído nos próximos dias, disse o executivo.

 

De acordo com Marco Patuano, "sempre há um preço para um activo, mas o valor é diferente para um activo estratégico, caso da TIM. Mas se aparecer um cheque desse tamanho, vamos pensar", brincou.

 

Patuano não quis colocar um valor para a TIM, mas afirmou que para uma suposta transacção, o valor não poderia ser inferior às que foram oferecidas em recentes negócios do sector no país.

 

Recorde-se que a Telefónica pagou 7,45 mil milhões de euros à Vivendi para garantir a aquisição da GVT, empresa brasileira de televisão por cabo.

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