Paulo Bernardo, ministro das Comunicações, citado pela Bloomberg, garantiu, esta terça-feira, que a Oi ainda não conversou com o Governo sobre a venda de activos em Portugal, apenas a sua intenção de consolidar com a congénere italiana. O governante assegurou que a Oi já manifestou a sua intenção de adquirir a TIM.

Já a Exame refere que a TIM "avisou" o Bradesco, banco contratado para avaliar a aquisição da Oi, que não quer comprar toda a empresa". Os italianos querem evitar o risco de ter de assumir passivos com os trabalhadores, multas e negócios com baixa rentabilidade, refere a mesma fonte.

Em termos de negócio, a TIM poderia estar interessada quer no móvel onde a Oi conta com 47 milhões de clientes e a operação de televisão e banda larga, uma actividade que a TIM tentou comprar quando manifestou o interesse na GVT. Quanto ao negócio de telefone fixo, a TIM não estará interessada, devido à baixa rentabilidade, refere a mesma fonte.

Da parte do regulador, o  conselheiro da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), João Rezende, disse nesta terça-feira que "nunca houve nenhuma conversa sobre consolidação no sector de telefonia, excepto a protocolada pela Telefónica e a GVT".

O responsável que está a participar num congresso de telecomunicações, citado pelo Valor, defendeu que ""as outras consolidações estão no campo da conjectura. Ninguém nunca chegou a discutir o assunto, oficial ou extraoficialmente", disse João Rezende.