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Governo brasileiro deixa de arrecadar 5 mil milhões com falha de participação da Oi no leilão 4G
A operadora brasileira, que uniu o seu negócio com a Portugal Telecom, decidiu não participar no leilão 4G para a faixa 700 Mhz.
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A ausência da Oi do leilão da quarta geração de telefonia móvel (4G) vai resultar em uma queda no encaixe previsto para o leilão 4G para a faixa de 700 Mhz.
O presidente da Anatel, João Rezende detalhou que "dos quase 5,9 mil milhões de reais dados como lances nesta terça-feira, cerca de 5 mil milhões de reais irão para os cofres do Governo", segundo a Valor.
Uma parcela do valor arrecadado com o leilão será utilizada para a chamada "limpeza" da faixa de 700 Mhz, que actualmente é ocupada por serviços de TV aberta. No entanto, como a Oi não participou do leilão, um dos principais lotes não foi comercializado, o que obrigará o Governo a usar o valor arrecadado nos outros lotes para compensar a perda.
A operadora liderada por Zeinal Bava explicou que tinha outros objectivos de investimento e que já possuía uma licença 4G que lhe permitia uma cobertura nacional, através da faixa que já lhe tinha sido atribuída. Contudo, analistas defendem que o nível elevado de endividamento e o possível interesse de se juntar com a Tim poderão ter sido as verdadeiras razões da não participação.
Assim feitas as contas pela Anatel, o encaixe "deve cair para algo em torno de 5 mil milhões de reais", disse o presidente da Anatel, citado pela mesma fonte.
O presidente da Anatel mostrou-se confiante, estimando que os lotes rejeitados voltem a ser colocados no mercado.
A TIM, a Claro e a Telefónica Vivo garantiram os lotes nacionais (1, 2 e 3) , já lote adicional (4), que poderia dar mais capacidade às empresas, foi rejeitado. O preço mínimo exigido para esse lote era de 1,893 mil milhões de reais.
O quinto lote do leilão foi arrematado pela Algar por 29,5 milhões de reais. Este lote é, no entanto, regional, ficando a operadora com o direito de oferecer 4G em 87 municípios do interior do São Paulo, Goiás, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais.