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Governo brasileiro reúne-se com administração da Oi esta semana

O ministro das comunicações brasileiro disse não haver qualquer plano de ajuda à operadora de telecomunicações e considera uma falha a Oi não ter participado no leilão 4G de 700Mhz.

14 de Outubro de 2014 às 12:31
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O ministro das comunicações, Paulo Bernardo, disse na noite da passada segunda-feira, que o governo brasileiro não tem um plano para ajudar a operadora Oi", noticiou a Globo.

 

O governante confirmou que "terá uma reunião com a direcção da operadora, possivelmente ainda esta semana", a pedido da administração da empresa.

 

"O pessoal da Oi ligou-me, querem falar comigo, e mandei marcar (a audiência) e vou ouvi-los. Não sei do que se trata", adiantou Paulo Bernardo, citado pela mesma fonte.

 

Recorde-se que o Governo brasileiro tem uma participação indirecta na Oi através do banco público BNDES. O BNDESPar é controlado pelo banco público de investimento BNDES e entrou no capital da empresa na vaga de privatizações nas telecomunicações no final da década de 90. Com o acordo entre a PT e a Oi, o BNDESPar vai ficar com 5,8% da CorpCo.

 

Quanto à consolidação, Paulo Bernardo diz "que esses são movimentos naturais em sectores da economia e que a sua função como ministro não é incentivar ou discutir esse tipo de transacção".

 

"Só se fala nisso. Mas se alguém achar que tem que se fundir, como a Telefónica que adquiriu a GVT, então nós vamos analisar um caso concreto", acrescentou.

 

Quanto ao futuro, o ministro das comunicações disse: "Acho que nos próximos quatro, no máximo cinco anos, a modalidade de serviço móvel que vai prevalecer será o 4G". E sublinhou que é "um risco" para a Oi ter falhado o leilão 4G para a faixa dos 700 Mhz, que visa a cobertura de zonas rurais. Bernardo lembrou ainda que até o ano de 2017 todas as cidades com mais de 30 mil habitantes, além dos grandes centros urbanos, terão de ter serviço de 4G.

 

"E quem tiver a frequência de 700 Mhz vai ter muito mais facilidade de fazer isso. Eu posso fazer o quê? Fizemos um leilão isonómico (em igualdade de direitos), e a empresa avisou-nos que não podia participar, o que eu posso fazer?", questionou o governante.

 

Recorde-se que a Oi recebeu um incentivo do Governo para ser criada a partir da fusão da Telemar com a Brasil Telecom, no segundo mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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