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Oi decide não participar no leilão 4G do Brasil

Foram quatro as operadoras móveis que apresentaram proposta para participar no leilão 4G na faixa dos 700 Mhz, no Brasil.

23 de Setembro de 2014 às 16:04
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A Oi decidiu não apresentar proposta para concorrer ao leilão 4G lançado no Brasil, noticiou a Veja.

 

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) recebeu, esta terça-feira, quatro propostas para participar no leilão 4G na faixa dos 700 Mhz, nomeadamente a Claro, TIM, Vivo e Algar Telecom, adiantou a mesma fonte.

 

Alguns dos operadores haviam contestado as regras do leilão, tendo mesmo tentado a sua impugnação, o que acabou por não acontecer.

 

A decisão da Oi prendeu-se com o facto de a empresa que se fusionou com a Portugal Telecom ter decidido "manter a sua estratégia de investimento em projectos estruturantes de rede, considerando que a faixa leiloada só poderá ter utilização plena em 2019".

 

A companhia pretende "reforçar os investimentos em aumento de cobertura e capacidade da rede móvel e na expansão de banda larga e TV paga, numa lógica multiprodutos e convergência a nível nacional".  

 

A Oi, liderada por Zeinal Bava, "tem disponível, para atender à crescente demanda [procura] por dados móveis, um diversificado portfólio de espectro, que permite prover serviços de voz e dados de forma competitiva, além de ampla rede de Wifi e uma rede fixa, o que garante grande capilaridade às suas operações no país.", detalhou a Oi, em comunicado, enviado ao mercado.

 

A operadora brasileira que uniu o seu negócio com a PT já tem autorização 4G na faixa 2,5 GHz, o que lhe permitirá atender às obrigações de cobertura até 2017. Ela também abriu a possibilidade de utilizar a faixa de 1,8 GHz no futuro. 

 

Alguns analistas, citados pela imprensa internacional, defendiam que a Oi teria dificuldade em participar no leilão devido ao seu endividamento. A empresa tem uma dívida total de 46,2 mil milhões de reais, dos quais 5 mil milhões são vencidos no curto prazo, acrescentou a mesma fonte.

 

A Oi tem uma dívida 45 vezes maior que a da TIM, que é de quase mil milhões de reais, e 18 vezes maior que a da Vivo, de 2,5 mil milhões de reais.

 

O valor mínimo fixado para o está nos 7,7 mil milhões de reais (2,6 mil milhões de euros).  O Tribunal de Contas da União criou um custo adicional de mais 3,6 milhões de reais (1,1 mil milhões de euros) para a Oi, Claro, TIM, Nextel e Vivo, para limpeza da faixa de 700 Mhz, ocupada pelos canais abertos de TV em sistema analógico, como refere o Estadão.

 

O regulador definiu que cada um dos três lotes nacionais de licença para 4G terá preço mínimo de 1,927 mil milhões de reais (632 milhões de euros). O quarto lote nacional, com excepção das áreas de cobertura das operadoras CTBC e Sercomtel, tem preço mínimo de 1,893 mil milhões de reais (599 milhões de euros). Já os dois lotes regionais terão preço mínimo de 29,56 milhões (9,8 milhões de euros) e de 5,282 milhões de reais (1,7 milhões de euros), respectivamente, 

 

As operadoras que já têm licenças 4G, no Brasil, poderão ter que investir um máximo de cerca de 12 mil milhões de reais (3,9 mil milhões de euros). 

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