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HSBC sobe recomendação da PT e da Oi após novos termos da fusão

O novo acordo de fusão transferiu para a PT os riscos da recuperação do investimento de 847 milhões de euros em dívida da Rioforte. O HSBC avisa que a recomendação das acções da operadora portuguesa pode vir a subir no futuro se recuperar mais de 50% desta dívida.

Miguel Baltazar/Negócios
24 de Setembro de 2014 às 18:10
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O banco de investimento britânico melhorou sua recomendação para as acções da Portugal Telecom e da sua participada brasileira Oi.

 

O HSBC aumentou a recomendação tanto da Oi como da Portugal Telecom dos anteriores "ratings" de "underweight" para "neutral".

 

A razão para esta melhoria da nota deve-se à luz verde que os novos termos do acordo de fusão entre a Portugal Telecom e a Oi obtiveram na assembleia geral da PT a 8 de Setembro.

 

Com este acordo, o risco da recuperação do investimento dos quase 900 milhões de euros da dívida da Rioforte, do Grupo Espírito Santo (GES), foi transferido para a PT, o que é positivo na perspectiva do HSBC.

 

Os novos termos do acordo implicam que os accionistas da PT passaram a deter uma parcela menor na nova Oi – de 37,6% para 25,6%. No entanto, a PT ficou com a possibilidade de comprar novas acções da Oi, por seis anos, até um total de 16% do capital da brasileira. A acontecer, a PT pode vir a ficar com quase 40% da operadora liderada por Zeinal Bava.

 

O preço-alvo da Portugal Telecom manteve-se em 1,90 euros, com um potencial de valorização de 10,4% face ao valor de fecho das acções da operadora esta quarta-feira, 24 de Setembro (1,72 euros). A casa de análise sublinha que um dos riscos futuros para a sua avaliação da PT está relacionado com a recuperação de mais ou menos de 50% da dívida da Rioforte.

 

Já o preço-alvo da Oi, detida em 25,6% pela PT, foi revisto em alta: dos 1,6 reais para 2,0 reais, o que confere às acções um potencial de valorização de subida de 16,3% face à actual cotação (1,72 reais).

 

Um dos riscos para o futuro da Oi, prende-se com a possibilidade da espanhola Telefónica expandir-se no mercado de telecomunicações fixas no Brasil, depois da compra da GVT.

 

A avaliação da nota da HSBC pode vir a ser revista em alta se a Oi crescer mais do que o previsto nos mercados brasileiro de móvel, televisão por cabo ou banda larga, ou se realizar um encaixe significativo com a venda dos 25% que detém na angolana Unitel.

 

A HSBC também aborda as movimentações no Brasil e acredita que "uma mudança na estrutura de mercado de quatro para três empresas iria beneficiar o sector das telecomunicações brasileiro e os seus accionistas".

 

Sobre a compra ou a fusão da Oi com a Tim da Telecom Italia, a HSBC considera que existem benefícios devido ao custo do negócio e às potenciais receitas.

 

No entanto, alerta para vários riscos como o potencial chumbo do regulador à operação por a nova empresa ficar com mais de 40% do mercado em 15 estados. A Tim detém 26,9% do mercado móvel brasileiro e a Oi tem uma quota de 18,5%.

 

A Portugal Telecom fechou a sessão desta quarta-feira, 24 de Setembro, a cair 2,38% para 1,73 euros na bolsa de Lisboa. A Oi perde 0,01% para 1,73 reais no mercado de São Paulo.

 

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.

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