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Jerónimo Martins e PT recuam 4% e atiram PSI-20 para quarto dia de quedas

O ambiente negativo que se viveu na Europa também afectou Lisboa. 14 das 18 empresas perderam terreno. A PT foi a que mais recuou. A Nos a que mais subiu. A Jerónimo estreou um novo mínimo de quatro anos.

Bruno Simão/Negócios
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O principal índice da bolsa portuguesa não escapou ao vermelho que, esta quinta-feira, se apoderou das praças europeias. A PT e a Jerónimo Martins marcaram descidas próximas de 4% e deram o principal contributo para o deslize.

 

O PSI-20 caiu 1,29% para 5.679,87 pontos. Foi o quarto dia de desvalorizações. Perdeu 4% neste período. O índice segue no valor mais baixo no último mês. A Europa também tem caído, ainda que só tenha recuado em três das últimas quatro sessões. O Stoxx Europe 600 cedeu 0,8%. O receio de que os bancos centrais de Inglaterra e dos Estados Unidos possam vir a subir juros, contrariando o alívio que o Banco Central Europeu quer implementar, foi a justificação para o pessimismo do mercado. O dólar tem estado a ser muito procurado, o que também afasta alguns investidores.

 

O governador do Banco de Inglaterra, Mark Carney, afirmou hoje que a altura para subir a taxa de juro de referência está a aproximar-se, o que pesou no desempenho bolsista. A contribuir para a queda das bolsas está ainda a expectativa de que a Fed possa também adoptar um caminho de subida de juros mais cedo do que o esperado, depois de serem conhecidos novos indicadores económicos que apontam para que a economia americana esteja a recuperar efectivamente.

 

Isto no dia em que o presidente do Banco Central Europeu (BCE) admitiu recorrer a mais medidas não convencionais, se a economia da Zona Euro não crescer. Em entrevista ao jorna lituano "Verslo Zinios", Mario Draghi revelou que a autoridade monetária está unida neste objectivo. No entanto, não foi suficiente para travar as quedas na Europa.

 

PT a que mais cai, Nos a que mais sobe

 

As telecomunicações estiveram em pontos opostos esta quinta-feira, 25 de Setembro. A PT SGPS perdeu 3,72% para os 1,656 euros. É o sexto dia consecutivo de perdas. Isto apesar de a casa de investimento Mainfirst ter elevado o preço-alvo para 2,57 euros.

 

A concorrente Nos apresentou uma subida, a mais elevada do PSI-20, ainda que apenas de 0,51% para 4,728 euros. O BESI indica que a venda de 7,6 milhões de acções por parte de Joe Berardo não deverá impedir a valorização futura da empresa.


Jerónimo em mínimo de quatro anos 

 

A Jerónimo Martins desceu 3,68% para fechar nos 8,799 euros, tocando na cotação mais baixa desde Setembro de 2010, há quatro anos. Desde o início do ano, a empresa dona dos supermercados Pingo Doce desvalorizou-se 15%.

 

A concorrente Sonae, que detém os supermercados Continente, perdeu 0,86% para 1,151 euros.

 

O Banco Comercial Português perdeu 0,39% para negociar nos 10,2 cêntimos. Já o Banco BPI recuou 0,79% para 1,634 euros, depois de ontem ter dito que irá aderir ao regime de impostos diferidos que vai permitir melhorar os rácios de solidez. No caso do banco liderado por Fernando Ulrich, o impacto da medida será equivalente a fazer um aumento de capital de 200 milhões de euros. O Banif caiu 2,35% para 0,83 cêntimos.

 

Em relação à Mota-Engil, ainda que se espere que a estreia em bolsa da unidade africana seja retomada em breve, depois de cancelada em Julho, não conseguiu ficar no verde. Perdeu 0,06% para 5,003 euros.

 

Na energia, a Galp caiu 0,91% para 13,04 euros, a EDP perdeu 1,45% para 3,321 euros e a EDP Renováveis fechou nos 5,47 euros ao cair 0,55%.

 

 

(Notícia actualizada às 17h00 com mais cotações e informações)

 

 

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