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Acções da Nos sobem mais de 5% após Berardo reduzir posição para 0,53%

Analistas acreditam na valorização da cotação da Nos e apontam dois pontos fortes: os principais accionistas nacionais não querem vender e a empresa vai começar a mostrar os primeiros sinais de estabilização do negócio e a aumentar o EBITDA.

25 de Setembro de 2014 às 14:09
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Joe Berardo vendeu 7,6 milhões de acções da operadora de telecomunicações, mas a subida da cotação da Nos não está em risco, defende o BESI.

 

Apesar do empresário ter reduzido a sua posição de 3,49% para 0,53%, ou 2,72 milhões de acções, o BESI mantém a sua recomendação de compra e acredita na subida da cotação. O Berenberg diz que depois da venda de acções por parte de Berardo, a acção fica menos pressionada no mercado, pelo que é "altura para o preço da acção respirar".

 

As acções da Nos estão a valorizar 5,14% para 4,946 euros na bolsa de Lisboa na sessão desta quinta-feira.

 

"De ponto de vista da valorização, acreditamos que isto é neutro para a empresa e reiteramos a nossa perspectiva positiva na acção", pode-se ler na nota de análise publicada esta quinta-feira, 25 de Setembro, pelo BESI. Este banco estabelece um preço-alvo de 7 euros para a empresa, com um potencial de valorização de 41% face à cotação de hoje.

 

Restantes accionistas devem permanecer no capital

 

Os analistas do Berenberg, numa nota públicada hoje sobre esta operação, escrevem que esta posição de Berardo pode ter sido "parcialmente vendida no mercado e apenas uma pequena parte da venda ter sido colocada privadamente", o que do ponto de vista dos analistas pode explicar a "pressão vendedora e a fraqueza da acção nas últimas duas semanas".

 

Tendo em conta as oscilações da cotação no dia 18 de Setembro, dia do negócio, Joe Berardo terá encaixado entre 34,8 milhões e 35,6 milhões de euros. 

 

Neste momento, segundo o Berenberg, existem dois pontos fortes para a valorização da acção. Primeiro, os analistas não acreditam que os outros principais accionistas portugueses estejam a vender, "após a crise no BES". O fundo de pensões do BPI (com 4,53% do capital) pretende ficar a longo prazo.

 

Já o empresário Joaquim de Oliveira (2,9%) é membro não-executivo da administração da Nos e detém 50% da Sport TV, com a operadora de telecomunicações a deter a outra metade.

 

Depois, a Berenberg sublinha que está a recomendar a compra das acções da Nos, "acreditando fortemente" na história de recuperação da empresa. Como pontos fortes aponta as perspectivas para os resultados do segundo semestre deste ano - que deverão começar a "mostrar os primeiros sinais da estabilização do negócio".

 

No primeiro semestre do próximo, o EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) deverá aumentar como resultado da forte convergência no mercado de telecomunicações, ganhos de quota de mercado em grandes contas empresariais este ano e redução de custos.

 

"Vemos a Nos como um investimento atractivo de médio prazo com fortes fundamentos" beneficiando da aposta no mercado nos pacotes combinados e  a sua valorização atractiva, escrevem os analistas do Berenberg, que avaliam a Nos em 6 euros por acção, com um potencial de valorização de 16,73% face à cotação de hoje.

  

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.

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