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Uber suspende serviço UberPOP em Bruxelas

A Uber Technologies decidiu respeitar a decisão judicial de um tribunal em Bruxelas e anunciou que o serviço UberPOP no país será suspenso a partir da próxima quarta-feira. A aposta recai agora em serviços com condutores profissionais licenciados.

Bloomberg
13 de Outubro de 2015 às 17:39
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Filip Nuytemans, director-geral da Uber na Bélgica, disse à Reuters que a empresa está "a planear um recurso" mas que isso "não suspende o veredicto". Assim sendo, o serviço será suspenso a partir do final desta quarta-feira, 14 de Outubro, acrescentou.

A empresa irá agora concentrar-se em criar serviços do tipo UberX, onde se recorre a condutores com licenças profissionais.

"Temos mais de 50.000 utilizadores de Uber em Bruxelas, que agora só poderão usar o UberX, um serviço que foi lançado recentemente", disse Nuytemans, acrescentando que a sua expectativa é de que este serviço "cresça o mais rápido possível".

Em Bruxelas, cerca de mil condutores usavam os seus carros para transportar passageiros no âmbito do serviço UberPOP. Pelo contrário, condutores ao serviço do UberX, lançado no país no início de Setembro, são apenas algumas dezenas.

A Uber tem sido alvo de protestos e processos judiciais em vários países. As empresas de táxis tradicionais consideram os serviços da empresa norte-americana, com base numa aplicação, como concorrência injusta.

O serviço UberPOP já foi suspenso também em Itália, Espanha, Alemanha e França.

Em França, o serviço foi suspenso na sequência de violentos protestos, dois meses antes da decisão do Tribunal Constitucional, que determinou, a 22 de Setembro, que os serviços prestados por motoristas sem carteira profissional, como é o caso do UberPOP, são ilegais.

Em Portugal, a batalha contra a Uber prossegue. A última manifestação teve lugar a 30 de Setembro, dez dias depois de os taxistas se terem reunido com o ministro da Economia, António Pires de Lima. Na altura, o governante prometeu conversar com a ministra da Justiça para determinar por que motivo a decisão judicial aplicada à Uber – que previa o bloqueio da sua actividade – não está a ser cumprida. A empresa mantém-se em actividade porque a decisão judicial em causa aplica-se à sede americana, quando a tecnológica em Portugal responde a uma empresa sediada na Holanda.

 

 

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