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Protesto de taxistas e agressões marcam encerramento da campanha da coligação (act.)

Protesto de taxistas contra a aplicação Uber chega à Praça da Figueira, em Lisboa, local de encerramento da campanha da coligação PàF. Autoridades criaram cordão policial para evitar avanços da manifestação.

Bruno Simão/Negócios
Liliana Borges LilianaBorges@negocios.pt 02 de Outubro de 2015 às 19:25

As autoridades fizeram um cordão policial para impedir os taxistas de se aproximarem do palco do comício de encerramento da campanha da coligação Portugal à Frente, esta sexta-feira, 2 de Outubro, às 19h30, mas nem isso impediu os manifestantes de se envolverem em confrontos com apoiantes da coligação Portugal à Frente (PàF), conta a Lusa. Troca de palavras, empurrões e agressões marcaram o fim da noite do PSD e do CDS-PP. Os ânimos acabaram por acalmar, sem ser necessária a intervenção da polícia.

Apesar de Vítor Carvalhal, dirigente da Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros (ANTRAL), garantir que esta manifestação não tem qualquer teor político, o primeiro-ministro Passos Coelho foi recebido entre assobios e apupos, à chegada à Praça da Figueira.

Os taxistas queixam-se da concorrência da Uber, que classificam de desleal, e queixam-se de falta de apoio do Estado, criticando especialmente a postura do ministro da Economia, Pires de Lima. 

Depois de tomar conhecimento da manifestação dos taxistas, o ministro da Economia garantiu que as decisões dos tribunais não serão apressadas com "manifestações em tempo eleitoral". "Se não tivermos esta iniciativa, teremos que ficar à espera das directrizes europeias nesta matéria. Por outro lado, do ponto de vista judicial, as decisões dos tribunais devem ser executadas e respeitadas, mas não é por se fazerem manifestações, em tempo eleitoral, que se apressam ou se atrasam as execuções das decisões dos tribunais, que é um poder independente do Governo", cita a Lusa. 


Pires de Lima recordou que a ANTRAL foi recebida pelos Ministérios da Economia e da Justiça no passado dia 20 de Setembro, repetindo o convite feito pelo secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, para "os taxistas se sentarem a mesa com o Ministério da Economia, entidades reguladoras e a Uber para perceber como estes serviços podem ser regulados no futuro". O governante prometeu conversar com a ministra da Justiça para determinar por que motivo a decisão judicial, que prevê o fim da actividade da Uber, não está a ser cumprida em Portugal.


Apesar de alegar que tinha sido dada uma indicação de que iria ser recebida hoje pelo primeiro-ministro, a ANTRAL veio depois afirmar pela voz de Vítor Carvalhal que foram informados pelo diretor de campanha da PàF de que não havia condições para que Passos Coelho os recebesse esta hoje, sexta-feira, assumindo este o compromisso de receber a delegação da ANTRAL "na próxima semana".


A concentração de hoje dos taxistas marca o final de uma semana de ações espontâneas para lembrar à ministra da Justiça que prometeu fazer cumprir a legislação que obriga a ter licenças para transportar passageiros, segundo a ANTRAL.


(Notícia em actualizada às 21h28)

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