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Australianos que procuram lítio em Trás-os-Montes mudam nome para mostrar compromisso com Portugal

A Dakota Minerals pediu aos accionistas que aprovem a alteração do nome da companhia para Novo Litio, Ltd. A alteração, justifica, é necessária para reflectir a "actual aposta" em Portugal.

28 de Abril de 2017 às 11:13
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A Dakota Minerals, a mineira que está à procura de ocorrências de lítio em Trás-os-Montes que justifiquem a exploração para fornecimento à indústria europeia de baterias, propôs a mudança de nome para uma designação portuguesa que reflicta a maior aposta no país.

A decisão, que será tomada a 31 de Maio em assembleia-geral, tornará a Dakota Minerals em Novo Litio, Ltd, refere um comunicado da empresa australiana distribuído esta sexta-feira, 28 de Abril, aos investidores e a que o Negócios teve acesso.

No documento, a companhia explica que depois de ter vendido, em 1 de Dezembro, o projecto de prospecção de lítio Lynas, na Austrália, passou a focar as suas operações no mercado europeu, com o objectivo de ser um "fornecedor sustentável" de carbonato e hidróxido de lítio no Velho Continente.

"Os administradores consideram que a mudança de nome é necessária para reflectir o facto de a actual aposta e as actividades da empresa estarem a ser desenvolvidas em Portugal," lê-se no comunicado.

A alteração de designação tem de ser aprovada por 75% dos votos dos accionistas e terá também impacto na cotação em bolsa: no mercado australiano passará a ser identificada pelo código "NLI", em vez do actual "DKO".

Desde o início deste mês que as acções da empresa australiana passaram a cotar, além de Sydney, também na praça de Frankfurt, numa estratégia para aumentar a liquidez e a visibilidade dos títulos junto de investidores europeus. Na praça alemã, negoceiam sob o título "ORM".

A empresa australiana tem desenvolvido nos últimos meses prospecções na concessão de Sepeda, concelho de Montalegre, onde tenta localizar ocorrências minerais que justifiquem a exploração de lítio na região. Aqui se detectou, segundo a empresa, o "o maior jazigo pegmatítico do tipo lítio-césio-tântalo a nível europeu", de acordo com os padrões de reporte australianos.

Em causa está a possibilidade de construção de uma mina e de instalações de processamento do mineral, num investimento potencial de 370 milhões de euros para criar 200 empregos, que a companhia diz que a tornará num fornecedor sustentável de lítio para a Europa, seja para a indústria de baterias de iões-lítio, seja para a de cerâmica e vidro.

Até ao momento, nas três fases decorridas, já realizou mais de cinco mil metros de perfurações e aguarda durante o segundo semestre por resultados conclusivos de estudos metalúrgicos que possam provar a existência de altas concentrações de lítio e justifiquem o avanço para mais investimentos. 

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