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Investimento da CTG será superior a 10 mil milhões de euros para comprar totalidade da EDP e da Renováveis

O maior accionista da EDP terá de desembolsar mais de 10 mil milhões de euros para comprar a totalidade do capital da eléctrica e da Renováveis. Ainda que não seja este o seu objectivo.

Miguel Baltazar
12 de Maio de 2018 às 11:00
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A China Three Gorges (CTG) lançou uma oferta pública de aquisição (OPA) sobre a EDP e sobre a EDP Renováveis. No caso da eléctrica os chineses oferecem 3,26 euros. Já para a empresa de energias renováveis a contrapartida é de 7,33 euros.

 

Tendo em consideração que a CTG detém cerca de 23% do capital da EDP, terá de investir 9,15 mil milhões de euros para comprar a totalidade do capital da eléctrica liderada por António Mexia.

 

No caso da EDP Renováveis, esta é detida em 83% pela EDP. Esta parcela será imputada à CTG pelo que não será alvo da oferta. Por isso, para adquirir o restante capital, a empresa chinesa terá de desembolsar cerca de mil milhões de euros.

 

Contas feitas, a CTG terá de gastar cerca de 10 mil milhões de euros para comprar a totalidade das duas empresas. Mas a empresa assume que não é este objectivo. A CTG assume no anúncio preliminar de aquisição que quer ficar com 50% do capital da EDP, o que poderá reduzir a factura.

 

Isto se os investidores aceitarem esta contrapartida, cujo prémio é de 4,82% face ao valor de fecho das acções da EDP esta sexta-feira (3,11 euros). Já tendo em consideração a média ponderada dos últimos seis meses, o prémio aumenta para 10%.


Chineses oferecem menos 5,5% pela EDP do que pagaram na privatização em 2011

Em 2011, a China Three Gorges ganhou o processo da última fase de privatização da EDP, tendo oferecido 3,45 euros por acção. Na altura este valor representou um prémio de 50% face à cotação de fecho da sessão anterior.

 

Esta sexta-feira, a empresa avançou com uma oferta pública de aquisição (OPA) sobre a totalidade do capital da EDP, oferecendo 3,26 euros por cada título. Ou seja, menos 5,5% do que há sete anos.

 

Os processos são muito diferentes. Em 2011, houve um concurso e vários interessados. O preço foi decisivo para que os chineses conseguissem entrar no capital da eléctrica.

 

A contrapartida hoje oferecida aos accionistas representa um prémio de 4,82% face à última cotação, mas corresponde a um prémio de 10,8% se for tida em conta a média ponderada das acções nos últimos seis meses, que foi de 2,94 euros.

 

Os chineses investiram, em 2011, 2,7 mil milhões de euros para ficarem com os 21,35% que o Estado português detinha na EDP.

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