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Chineses escolhem BCP para intermediário financeiro na OPA à EDP
O Banco Comercial Português, que tem no seu capital o fundo de pensões da EDP com uma participação qualificada e é accionista da empresa, foi o banco escolhido pela CTG para intermediário financeiro na OPA sobe a eléctrica.
O Banco Comercial Português (BCP) é o intermediário financeiro que representa a China Three Gorges na oferta pública de aquisição (OPA) que o maior accionista da EDP lançou sobre a eléctrica.
De acordo com o anúncio preliminar da OPA, publicado na CMVM esta sexta-feira, o BCP vai actuar nesta oferta através "da sua divisão de banca de investimento, Millennium Investment Banking".
Os chineses da CTG escolheram assim um banco que tem ligações à EDP, já que o Fundo de Pensões da eléctrica detém 2,11% do banco, sendo o quarto maior accionista, depois da Fosun (27,06%), Sonangol (19,49%) e Blackrock (3,39%).
Já o BCP é o único accionista português de referência da EDP, detendo uma posição de 2,44%.
A OPA da CTG sobre a EDP surge também numa altura em que o CEO da eléctrica portuguesa, António Mexia, se prepara para deixar a administração do banco, onde marca presença desde há 10 anos.
Na lista dos órgãos sociais do BCP que os accionistas vão votar na assembleia geral marcada para este mês, a EDP não tem qualquer representante formal. Mexia estava na administração da eléctrica desde 2008. A presença no antigo conselho geral e de supervisão remonta ao início do século, quando, no âmbito do acordo que criou a operadora de telecomunicações Oni, foram acordadas participações cruzadas e representações nas respectivas administrações entre o banco e a eléctrica.